O Arsenal até pode vir de uma derrota em Sheffield e estar longe da forma ideal em Inglaterra, mas o Arsenal é o Arsenal. Finalista vencido da última edição, com um mestre desta competição no comando técnico e, repetindo... o Arsenal é o Arsenal. Que mais dizer do nível do desafio que o Vitória SC tem pela frente em Londres?
Depois de duas derrotas em dois jogos, a equipa de Ivo Vieira sabe que as hipóteses de sobreviver a este grupo temível ficaram ainda mais remotas, mas também podemos ver as coisas pelo outro prisma... agora não há mesmo nada a perder.
Em 2018/19, tanto a Liga dos Campeões como a Liga Europa tiveram finais exclusivamente inglesas. O dado é bem demonstrativo do poderio dos clubes de topo de terras de Sua Majestade, e mesmo estando há muito arredado dos principais troféus este Arsenal é um dos clubes que mais respeito impõe em contexto europeu.
De forma diametralmente oposta aos vitorianos, os gunners ganharam os dois jogos realizados até agora com toda a distinção: Eintracht Frankfurt (derrotado por 0x3) e Standard Liège (4x0) já provaram do poderio da equipa de Unai Emery, treinador três vezes vencedor da competição.
Tendo como perspetiva uma reação imediata à derrota frente ao recém-promovido Sheffield United, o Arsenal vê o Vitória SC como um adversário apetecível, na teoria. Emery conta com quase toda a equipa, à exceção de Reiss Nelson, e diz-se em Inglaterra que até se poderá dar ao luxo de promover rotação na equipa.
O nível do desafio torna-se ainda maior face à longa lista de lesionados no plantel de Ivo Vieira. Contra o Eintracht Frankfurt já eram muitas as baixas, agora também Sacko e Lucas Evangelista estão fora de combate, olhando aos nomes que alinharam de início nessa partida.
Não podemos também fugir à evidência de que o Vitória vem de uma imensa desilusão na Taça, tendo sido eliminado pelo modesto Sintra Football. Agora, curiosamente, tem pela frente outra equipa com Football no nome, com argumentos que nem podem de forma alguma ser comparados.
«A estratégia passa por desfrutar do jogo, fazendo-o com bola, tendo-a o mais tempo possível», disse Ivo Vieira. Desfrutar do jogo e, também, do palco. Não é todos os dias que se joga no Emirates Stadium, um dos grandes palcos deste mundo futebolístico. Algo que os jogadores farão e que mais de 2,500 adeptos vitorianos farão também, dando à equipa mais uma amostra do calor que levam sempre para o D. Afonso Henriques e que levarão para o frio londrino.
No mínimo há isso, a oportunidade de estar por lá, para jogadores, adeptos e todos os outros, e mais uma página bonita escrita na história do clube de Guimarães. De resto... serão onze para onze e nada se decide antes de o árbitro apitar.
Reiss Nelson
Jhonatan, Miguel Oliveira, Sacko, Bondarenko, Wakaso, André André, Joseph Amoah, Lucas Evangelista, Ola John e Aziz
Com apenas 20 anos, o jovem médio tem sido um dos melhores elementos dos gunners no início da época e espera-se que seja aposta neste encontro, numa prova em que Emery gosta de dar protagonismo aos jovens. Irmão do nosso conhecido Chris Willock, Joe foi titular e marcou nos dois jogos de Liga Europa, somando três golos em todas as provas.
Vai ter pela frente um desafio imenso e jogadores de classe mundial, mas pelo que tem demonstrado neste início da temporada poderá estar à altura. O jovem central de 20 anos tem sido uma das grandes revelações em Portugal e já deixou marca na Europa, com três golos na qualificação (incluindo o golo que deu o apuramento para a fase de grupos).
Arsenal | V. Guimarães | |||
7 | 1 | Posição | 4 | 8 |
7 | 6 | Pontos | 0 | 8 |
7 | 7 | Golos marcados | 0 | 8 |
7 | 0 | Golos sofridos | 3 | 8 |
2 | Jogos | 2 | ||
7 | 2 | Golos Marcados | - |