Pode ter havido demérito por parte dos leões, mas a qualidade de jogo apresentada pelo FC Alverca foi inegável. Do guarda-redes aos homens da frente, os pupilos de Vasco Matos ofereceram uma entrega enorme e pincelaram-na com bonitos recortes técnicos, contrastante com a exibição desastrosa de quase todos os leões.
Jogaço do canarinho! Logo aos 10 minutos, Alex Apolinário deu mote à surpresa em Alverca, com um remate rasteiro e colocado, nmum movimento que lhe é caraterístico. Munido de uma destreza técnica, o extremo mostrou-se muito forte no contragolpe, desfazendo a defesa adversária como quis. Bons pormenores que pedem outros patamares
Foi um osso duro de roer. O habitual suplente de Miguel Lázaro foi novamente chamado à Taça e não desiludiu. Travou e ganhou um duelo intenso com Vietto, foi sempre um porto-seguro e não acusou a pressão. Além disso, com o fator chuva, optou sempre (de forma inteligente) por jogar simples. Na segunda parte, perante algumas situações de aperto, voltou a ser uma muralha
No meio de tanta desinspiração, Luciano Vietto foi dos mais esclarecidos. Colocado na asa esquerda do ataque, o argentino apostou muito nos movimentos interiores e fartou-se de rematar. Travou um duelo intenso com o guardião João Victor, que acabou por levar a melhor.
Em desvantagem no marcador, Jorge Silas pediu o auxílio do capitão. Bruno Fernandes entrou e ofereceu outra dinâmica ao futebol ofensivo dos leões. Entendeu-se bem com os colegas, principalmente com Vietto, atirou à barra de livre direto, mas o seu esforço acabou por ser em vão.
Sobre o atacante brasileiro, pode dizer-se que foi uma verdadeira carga de trabalhos para a defesa verde e branca. Conseguiu segurar a bola várias vezes, cavou faltas importantes e tentou a sua sorte na hora de atirar à baliza contrária. Exibição de muito trabalho e, perto do intervalo esteve muito perto de marcar, num pontapé de bicicleta defendido por Luís Maximiano.
Envergou a braçadeira e foi o rosto da crença e da alma alverquense. Uma mistura de chuva e suor encharcou a sua camisola, algo representativo da exibição que assinou. Bem acompanhado por Luan Silva (marcou golo) e Andrézinho (bons pormenores no capítulo do passe), foi um motor, ajudando muito nas tarefas defensivas e dando uma perninha no ataque. Foi capitão, na verdadeira aceção da palavra.
Por norma, o médio ocupa-se do chamado trabalho invisível e não se costuma dar muito por ele. Esta noite, passou ao lado do encontro. Miguel Luís foi uma sombra, não conseguiu desequilibrar na frente (pouco interventivo) e também não equilibrou quando os leões sofreram contra-ataques
Frente a uma equipa de valia inferior (no plano teórico), o espanhol tinha um jogo para ganhar confiança e tentar chegar ao golo. Não foi o caso. Jesé Rodríguez tentou vários cruzamentos e experimentou o remate, mas foi sempre inconsequente. Saiu de cena aos 59 minutos
2-0 | ||
Alex Apolinário 10' Luan Silva 55' |