Não foi brilhante, antes suficientemente sólida para mais três pontos. Na deslocação à Bielorrússia, Portugal não fez uma grande exibição, conquistando, assim, o triunfo por 0x2.
Se a criatividade não foi a melhor, se o jogo português foi muitas vezes inconsequente, há que dar uma palavra especial aos dois avançados. Leão, que começou a titular, e Mota, que saiu desde o banco, disseram presente.
Com cinco alterações face à equipa que goleou sem qualquer problema a congénere de Gibráltar, Portugal foi de mais a menos no relvado de Zhodino. As entradas de Vítor Ferreira e Nuno Santos ofereceram à seleção passe e visão de jogo, Jota e Rafael Leão marcaram pela velocidade e pela agressividade a partir para cima da defesa contrária.
O domínio territorial resultou em várias oportunidades, com destaque para uma bola ao poste de Domingos Quina e para um par de defesas de um guarda-redes com nome de avançado. Lances que colocaram em sentido uma Bielorrússia quase inexistente do ponto de vista atacante mas nunca intranquila e desorientada perante um adversário nitidamente mais forte.
Diogo Costa, um autêntico espetador na fase inicial do encontro, esperou mais de meia hora para um lance de maior frisson. Um par de cruzamentos perigosos, apenas, mas que tiveram o condão de confirmar e de cimentar uma seleção portuguesa bem menos capaz de empurrar o adversário para a sua própria baliza...com qualidade.
Se o cenário já não era positivo à partida para o intervalo, pior ficou nos primeiros minutos da segunda parte. Até ao momento do golo decisivo, a seleção de esperanças comandada por Rui Jorge jogou pouco, demasiado pouco para o talento individual à disposição. Excesso de individualismo e uma falta gritante para criar verdadeiras oportunidades.
Nuno Santos foi o único a colocar em sentido o guardião contrário, que nada podia fazer quando Leão apareceu na marca de penálti para aproveitar um autêntico falhanço da zona mais recuada dos bielorrussos, incapaz de não colocar o esférico à disposição e de forma perfeita para o avançado do AC Milan.
Portugal estabilizou, em vantagem, e, sem grandes brilhantismos, partiu para uma exibição e para um resto de segunda parte sólido. A zona intermédia, especialmente, foi sempre capaz de travar qualquer tipo de intenção de um conjunto traído pela criatividade e visão de jogo de Baró e pela capacidade finalizadora do outro goleador, Dany Mota. Missão cumprida, sem distinção.
0-2 | ||
Rafael Leão 68' Dany Mota 90' |
Dany Mota marcou e entrou bem, mas destacamos neste espaço a qualidade de Rafael Leão. Num jogo em que o coletivo não funcionou muito bem, este avançado do AC Milan mostrou pormaiores de craque.
Portugal teve muita bola, domínio territorial durante boa parte do encontro, mas faltou quase sempre as melhores associações coletivas para chegar ao golo. E, ao contrário do que aconteceu com Gibráltar, a seleção das Quinas lidou com um adversário minimamente competente.