O Brasil foi mais forte e bateu a grande rival Argentina, por 2x0, garantindo um lugar na final da sua Copa América. Num superclássico emocionante, valeu a maior consistência coletiva e eficácia da Canarinha.
Apesar de ter entrado bem mais pressionante do que o adversário, o Brasil, no regresso ao Mineirão, apostou as fichas todas na organização. Perante uma Argentina emocional, lutadora e pouco cerebral, o que verdadeiramente ditou a vantagem ao intervalo foi a racionalidade canarinha.
A Argentina, sem grande arte, teve capacidade de reação, muito por culpa de um Messi bem mais inspirado e preparado para todas as lutas. Num livre batido precisamente pelo craque do Barcelona, Aguero fez estremecer a barra, na grande ocasião para a equipas das Pampas. Não deu para mais, contudo.
Se a Canarinha já tinha terminado o primeiro tempo de forma sofrível, os primeiros minutos após o descanso trataram de confirmar a ideia de uma Argentina mais pressionante, mais ofensiva, mais capaz no momento de atacar a baliza contrária. O Brasil manteve-se relativamente seguro, é certo, mas com a ameaça do golo bem presente.
E Messi fez de tudo para que a bola beijasse a rede da baliza de Allison. Num lance de insistência atacante (foram muitos os construídos pela zona central, entre os três jogadores mais ofensivos), o craque do Barcelona, num grande remate, fez estremecer o poste, ficando para mais tarde na retina uma grande defesa do goleiro canarinho...na sequência de um livre batido por La Pulga.
O Brasil, sempre à espreita da transição e da qualidade de definição dos seus homens mais avançados, acabou por fechar o marcador numa jogada de antologia de Gabriel Jesus, que aproveitou o ressalto, enganou com classe Otamendi e assistiu para uma finalização fácil de Firmino. Depois foi só controlar, com bola, já a preparar mais uma grande decisão no Maracanã, sentindo o ambiente do Mineirão.