A seleção portuguesa de voleibol já prepara a penúltima pool da Liga das Nações e, em entrevista à Federação Portuguesa de Voleibol, Hugo Silva - selecionador nacional - fez a antevisão do que está por vir.
Nos próximos dias, Portugal vai defrontar as seleções do Irão, França e da Austrália - adversário direto na luta pela manutenção - e, sobre essa partida em específico, Hugo Silva não considera que essa seja a partida decisiva.
«Não é o jogo com a Austrália que vai definir a classificação, mas sim todos os jogos, até porque o que vai fazer a diferença será o número de vitórias e não de pontos. Como é óbvio, será mais um jogo importante mas não decisivo», começou por dizer Hugo Silva.
Além do duelo com a Austrália em específico, o técnico luso revelou ainda a importância desta pool para as contas finais da equipa das Quinas.
«É tão importante como todas as outras, mas, com o aproximar do fim, o caminho vai-se estreitando para as equipas desafiadoras (challengers teams). Vai ser uma tarefa super difícil, mas vamos lutar com todas as nossas forças para conseguir aquilo que, no início, parecia impensável. Acredito que será uma luta até ao fim», assumiu Hugo Silva.
Quanto à última jornada, em que a Austrália vai jogar em casa [Portugal joga na Alemanha], Hugo Silva garante que esse fator vai ser fundamental nas decisões finais.
«Continuo a dizer que vai ser muito complicado porque a Austrália joga em casa a última pool (Pool 17), mas o nosso grupo gosta destes desafios e sempre mostrou saber lidar com as dificuldades e conseguir surpreender todos. Não tenho dúvidas de que é o maior desafio deste grupo, maior mesmo que a Challenger Cup 2018, que ganhámos. Acredito que esta aventura só vai ficar definida no último jogo»
Por último, acerca das longas deslocações e das diferenças horárias, Hugo Silva considera que esse é uma aspeto com influência mas não decisivo.
«Fomos talvez a equipa menos favorecida com as viagens e a questão dos fusos horários, mas não queremos colocar isso como desculpa», concluiu o técnico luso.
Recorde-se que Portugal ocupa, agora, a 14ª posição - dois lugares acima da posição de despromoção - apenas com mais três pontos do que a China, última classificada.