São dois dos principais desequilibradores do plantel portista, nem sempre jogaram juntos no último terço da Liga e um deles será ausência na final da Taça. Entre Corona e Brahimi, qual é, verdadeiramente, o mais importante?
Sendo certa alguma subjetividade na análise, tentámos recolher alguns dados importantes sobre o rendimento da dupla na passada edição da Liga. Entre lutas mais ou menos cerradas em vários dos capítulos, há muito golo e assistência para amostra.
JC | YB | |
---|---|---|
Golos | 3 | 10 |
Eficácia de passe (%) | 80 | 79 |
Dribles tentados | 121 | 153 |
Taxa de sucesso nos dribles (%) | 48.76 | 54,9 |
Precisão de remate (%) | 28,13 | 56,1 |
Mais remates na direção da baliza | 9 | 23 |
Grandes oportunidades falhadas | 5 | 6 |
Oportunidades criadas | 64 | 36 |
Grandes oportunidades criadas | 11 | 8 |
Conversão de oportunidade (%) | 29 | 40 |
Perdas de bola | 491 | 419 |
Apesar de ter perdido o estatuto de indiscutível no último terço da época, Yacine Brahimi continua a ser um dos jogadores mais criativos do plantel portista, um dos poucos a conseguir inventar golos e assistências recorrendo apenas ao talento mais puro, em detrimento da força, da potência, da explosão - veja-se as diferenças com Marega, também ele importante para Conceição.
Em comparação com Corona, que viveu, provavelmente, a temporada de maior afirmação no futebol português, o internacional argelino é aquele que que mais arrisca, aquele que mais tenta, aquele que mais está perto do golo e, por consequência, aquele que mais marca.
Jesús Corona, que viveu uma temporada mais regular do que o companheiro de equipa, também deixou a sua marca em vários dos itens analisados, superando o companheiro de equipa no capítulo das oportunidades.
Enquanto Brahimi desequilibra mais pelo drible, pelo risco, pela capacidade técnica, Corona, e a sua versão mais madura, tem a capacidade para passar a definir melhor o último passe, criando mais oportunidades e tendo, por isso, uma importância mais direta na relação com o golo.
É impossível definir com objetividade se o FC Porto entrará mais ou menos forte para a final do Jamor, tendo como premissa a ausência de Corona e a presença de Brahimi no onze. Com tanto talento, e com a ajuda dos dados acima apresentados, é inevitável a conclusão: os dois dão muitas coisas boas, ainda que de forma diferente.
2-2 (5-4 g.p.) | ||
Bas Dost 101' | Tiquinho Soares 41' Danilo Pereira 45' (p.b.) Felipe 120' |