ricardocunha251 25-04-2024, 16:13
Vencedor de três edições da UEFA Cup, Marquinho foi uma das grandes figuras do Inter Movistar, equipa que, na altura, ficou conhecida como o «máquina verde». Em conversa com o zerozero, o internacional brasileiro recordou os tempos em que brilhou no colosso de Madrid e fez uma análise ao que se poderá passar na fase decisiva da Liga dos Campeões, considerando que o Sporting, do amigo Guitta, tem boas possibilidades de fazer história.
Representante de jogadores de uma empresa espanhola e empresário na área de produtos alimentares, Marquinho continua a acompanhar os grandes jogos da modalidade à distância, na cidade Não-Me-Toque, no interior do Rio Grande do Sul, na companhia dos filhos Mateus e Sofia, mas, para já, descarta o regresso ao futsal.
Final four da Champions: «São sempre os jogos mais importantes da temporada. A experiência ajudou-nos a estarmos mais preparados para ganhar títulos e isso voltou a acontecer com a chegada do Ricardinho ao Inter Movistar. Foi muito importante para a equipa ganhar confiança e permitiu que voltasse a ganhar».
Efeito Ricardinho: «Mudou o estilo de jogo e passou a ser mais objetivo. Continua a dar espetáculo, mas é mais eficaz. Esta troca de mentalidade foi importante, pois passou a ganhar mais títulos coletivos, inclusive por Portugal. Os troféus individuais são importantes, mas não têm tanto valor como os coletivos. Tornou-se uma máquina de bem jogar».
Sporting: «Tem demonstrado muita vontade de ganhar títulos. É parecido com o Inter da minha altura. Tem falhado nos detalhes, que nestes jogos são muito importantes. É fundamental estar concentrado em todos os momentos para ganhar títulos. O Sporting está no bom caminho e pode ganhar já este ano. O Inter é mais experiente, mas não está num bom momento. No entanto, não podemos esquecer que é uma equipa formada para ganhar sempre. É muito forte».
Mentalidade e experiência: «As equipas vão estar no auge e não será o aspeto físico a fazer a diferença. É mais uma questão mental. A experiência diz que não podemos levar para o campo o peso de ter que vencer obrigatoriamente. Temos de estar preparados porque, depois, as coisas acontecem naturalmente. Nestes jogos não se pode errar. A concentração e o detalhe são fundamentais».
Sem comparação: «São duas equipas que marcam a história do Inter Movistar, mas não se pode comparar. Mudou muita coisa e não se pode dizer qual é a melhor. Só se fizermos uma play-off de cinco jogos. Mas a minha geração ia perder, pois estamos com alguns quilinhos a mais (risos)».
Guitta: «Conheço a história dele e, neste momento, é o melhor guarda-redes do mundo. Pode ser fundamental para o sucesso do Sporting. É importantíssimo na baliza, mas não tão determinante no 5x4. Se pensarem nessa estratégia, será melhor com um jogador de campo. Sei que quer conquistar a Europa e quero muito o bem dele. Muito mesmo».
Adepto: «Tenho uma história com o Inter e vou estar sempre a torcer por ele. Mas, olhando para o lado desportivo, era importante que fosse outra equipa a ganhar. O Sporting já merece e pode ser que chegue a hora dele. Que sejam grandes jogos e que ganhe o melhor».