Aos péssimos jogos fora de portas, o Vitória SC junta-lhes agora uma derrota bem esclarecedora do mau momento da formação de Luís Castro. A paciência dos adeptos em Guimarães é cada vez menos e isso foi bem visível, num jogo em que os avenses deram um passo enorme para o objetivo.
Muitos adeptos, pouca felicidade e bastante pressão. A conjuntura para o começo de jogo, apesar da coreografia, não era favorável à confiança vitoriana. Havia a almofada dos últimos jogos caseiros, carregados de sucesso, mas esvaziada pelo mau desempenho fora do D. Afonso Henriques, num acumulado de maus resultados com más exibições.
Recolhidos, deram a bola ao Vitória SC e depois esperaram os momentos certos para sair em contra-ataque, algo que a equipa da casa nunca conseguiu fazer. Era em ataque continuado que os vimaranenses tentavam a sua sorte, mas quase nunca com capacidade para descoordenar a organizada formação forasteira.
Não admirou que Luís Castro mexesse ao intervalo. Fê-lo em duplicado e alterou o sistema, passando a um 4x4x2, que até podia ser sinónimo de maior presença na área, mas que quase nada de bom significou. Aliás, depois de um recomeço com alguma dinâmica, rapidamente anulada pelo Aves, foi a equipa de Augusto Inácio a que voltou a estar com tudo controlado.
Tanto que o segundo golo em nada surpreendeu quem assistia ao jogo, numa rápida arrancada de Rodrigo que aproveitou todo o espaço nas costas da defesa contrária.
Com o jogo praticamente perdido, instalou-se no estádio um clima de definitiva crise. Protestos, desespero, assobios e o consumar de uma equipa sem ideias, sem chama e sem capacidade para encontrar um caminho que revertesse a situação.
Os adeptos não pouparam os jogadores, mas também treinador e sobretudo presidente, que ouviu insultos e pedidos de demissão.