ricardocunha251 25-04-2024, 16:13
A central um excelente, a lateral um satisfaz. O debate em torno das duas posições ocupadas por Éder Militão na defesa portista perdura e continua a gerar opiniões distintas. O brasileiro, que nos últimos tempos de São Paulo atuou maioritariamente no flanco direito, chegou, viu e venceu como defesa central. Formou uma dupla fortíssima com Felipe e conquistou no imediato os corações dos adeptos, dos analistas e sobretudo... o do Real Madrid.
Tudo corria às mil maravilhas. Um jovem oriundo de terras do samba, mas com perfume de um veterano europeu que espalhou classe por todos relvados nacionais e internacionais. O problema é que a partir de janeiro, tudo mudou. O motivo? A chegada de um internacional português, experientíssimo, e com muitos anos de casa: Pepe.
A aposta no antigo defesa do Besiktas aconteceu praticamente no imediato e Sérgio Conceição aproveitou para tapar uma das principais lacunas da equipa. O setor mais recuado do flanco direito, orfão de soluções - Janko saiu no verão, João Pedro convenceu na B e Wilson Manafá foi contratado no passado defeso -, passou a contar com um elemento mais fresco, mais jovem e com uma disponibilidade física bem distinta da de Maxi Pereira. Para além disso, a opção Corona não passava de um pequeno «remendo».
Jogador com mais toques na bola | 90 |
Mais duelos ganhos | 17 |
Percentagem de duelos ganhos | 76,5% |
Cortes | 2 |
Faltas cometidas | 0 |
Mais faltas ganhas | 4 |
Passes | 55 |
Percentagem de acerto passes | 81,8% |
Cruzamentos | 2 |
Oportunidades criadas | 1 |
Remates | 1 (golo) |
As diferenças do centro para a direita foram (e são) evidentes. De facto, Militão, apesar da maior consistência defensiva, nunca conseguiu dar o volume ofensivo necessário - daí as críticas - e o contraste com Alex Telles, do lado oposto, tornou-se ainda mais vincado.
Ainda assim, na segunda mão dos quartos de final da Liga dos Campeões, o jovem brasileiro realizou uma exibição interessantíssima. Talvez a melhor performance como lateral direito. Marcou um golo, ganhou imensos duelos individuais, tocou imensas vezes no esférico e até deu pequenos brindes no 1x1 ofensivo.
Ficou na retina, acima de tudo, o maior conforto no ataque e uma enorme segurança no momento da transição defensiva. Origi quase não apareceu e Sadio Mané viu-se obrigado a pisar outros terrenos. Os números mencionados na tabela apenas sustentam uma distinção consensual para muitos: a de melhor em campo.
1-4 | ||
Éder Militão 68' | Sadio Mané 26' Mohamed Salah 65' Roberto Firmino 77' Virgil van Dijk 84' |