Ricardo Ferreira: «É um marco histórico»

Com uma jornada por disputar, o Modicus já assegurou o terceiro lugar na fase regular e igualou o melhor registo da história no clube, alcançado em 2011/12. Ricardo Ferreira, coordenador-técnico dos gaienses, classifica como «gratificante» o feito alcançado e aponta, desde logo, às meias-finais do campeonato. 

Com 15 anos de Modicus, Ricardo Ferreira salienta a afirmação do clube no panorama do futsal português, mas, para já, reconhece que é «utópico» pensar em algo mais do que as meias-finais do campeonato, em alusão ao poderio de Sporting e Benfica.  

Terceiro lugar: «Inicialmente, tínhamos como objetivo ficar nos quatro primeiros lugares, para que no play-off tenhamos a vantagem do fator casa. Havia várias equipas que também o ambicionavam, mas acabámos por o conseguir com todo o mérito. Nunca baixámos do terceiro lugar e, na parte final, tudo fizemos para segurar a posição. Deve-se ao grande trabalho dos jogadores e importante apoio da Direção, que nunca faltou com nada, e adeptos». 

Histórico: «É a segunda vez que o clube termina em terceiro lugar, a primeira nestes moldes. É um marco histórico. Houve grande investimento nos plantéis, as equipas reforçaram-se muito bem, e acabar em terceiro lugar num dos campeonatos mais equilibrados dos últimos anos é gratificante».  

Jogo com Eléctrico: «É natural que já pensemos no play-off, mas não vamos a Ponte de Sor em passeio. É um jogo que queremos ganhar, sabendo que também é importante chegar ao play-off na máxima força».

Fundão, Leões Porto Salvo ou Braga nos quartos de final: «São quatro grandes equipas e vão ser eliminatórias muito equilibradas. Qualquer uma tem a ambição e legitimidade de passar. Acreditámos que deverá ser o Braga e, se tal acontecer, vão ser jogos muito disputados e decididos ao pormenor. O Leões é, em teoria, o pior adversário, pois tem um plantel mais vasto e com muitas opções. Seja quem for, o objetivo será sempre de chegar às meias-finais».

Contratações de Bruninho e Major: «O plantel estava limitado e ainda mais ficou com as lesões que foram surgindo. Felizmente, conseguimos dar uma boa resposta e segurar o terceiro lugar. São dois bons jogadores e duas mais-valias para o clube. Foram contratações importantes, também já a pensar no play-off».  

Chegar à final: «Neste momento, é utópico pensar nisso. O Modicus tem estado nas discussões das Taças e chegado longe no campeonato, mas, sinceramente, Sporting e Benfica estão noutro patamar. Não é impossível eliminá-los, como já se viu, mas muito difícil. Chegar à final é como ser campeão».

Transição: «A Direção desafiou-me e aceitei. Já ia ser o meu último ano como jogador e, embora nunca tivesse a obsessão de ser treinador, as coisas foram correndo bem. Sinto que temos feito um excelente trabalho. Melhor do que o terceiro lugar é quase impossível».