Portugal voltou a empatar no Estádio da Luz, desta feita diante a Sérvia (1x1). Ao contrário do que aconteceu no jogo com a Ucrânia, houve golos, muito mais oportunidades para Portugal chegar aos três pontos, e um lance polémico que acabou por ajudar os sérvios a saírem da capital portuguesa com um ponto.
Mais do que a desilusão pelo empate frente à Ucrânia (0x0), no arranque da caminhada para o Campeonato da Europa de 2020, Portugal esteve aquém do esperado em termos exibicionais frente aos ucranianos, com a estratégia escolhida pelo selecionador português claramente a não dar os frutos desejados. Era, por isso, perentório assumir outra postura diante a Sérvia.
🇵🇹Portugal sem vitórias após 2 jogos em fases de qualificação: não acontecia desde o apuramento para o Euro 2012 (na altura, somava apenas um ponto) pic.twitter.com/WvtksKZN4G
— playmakerstats (@playmaker_PT) 25 de março de 2019
Fernando Santos mudou o sistema e, por conseguinte, algumas das peças, aproximando o seu modelo mais de um sistema de 4x4x2. Em termos ofensivos, a equipa das quinas melhorou substancialmente, mas defensivamente demorou a acertar o passo e isso permitiu que a Sérvia chegasse com mais facilidade a zona perigosa, onde conseguiu conquistar uma grande penalidade.
O passe de Tadic foi delicioso, a sobrevoar toda a linha defensiva portuguesa, num momento de algum desequilíbrio, e Gacinovic acabou por ser atropelado por Rui Patrício e conquistar assim a grande penalidade, que viria a ser convertida pelo capitão e camisola 10 sérvio.
Portugal reagiu bem ao golo madrugador da Sérvia e teve boas oportunidades para chegar à igualdade ainda antes do quarto de hora de jogo. Contudo, Marko Dmitrovic esteve para a Sérvia como Pyatov esteve na sexta-feira para a Ucrânia. Um autêntico muro! Ronaldo e Rafa que o digam.
Aos 28 minutos, Cristiano Ronaldo sentiu algumas limitações físicas, quando procurava chegar a uma bola passada por Rafa Silva, e Portugal perdeu aí a sua grande referência no ataque. Foi preciso recorrer à lei da bomba para o empate. Danilo Pereira, até então um dos elementos mais desligados do jogo, encheu-se de fé e apontou daqueles golos de levantar um estádio.
Após uma primeira parte em que Portugal apresentou um bom volume ofensivo, chegando justamente ao empate perto do apito para o intervalo, o conjunto de Fernando Santos continuou por cima da partida no segundo tempo.
79.ª internacionalização de Rui Patrício: iguala Ricardo e está a apenas um jogo do guarda-redes com + jogos pela 🇵🇹Seleção
Guarda-redes c/ + jogos por 🇵🇹Portugal
80 Vítor Baía🔝
79 RUI PATRÍCIO↗
79 Ricardo
63 Bento
36 Eduardo pic.twitter.com/b6XVfYPtQJ
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Houve muita bola portuguesa no meio-campo adversário, embora, em muitos momentos, tenha faltado alguma definição no último passe ou no momento de decisão: passe ou remate. Houve más escolhas, atenção, mas também houve, pelo menos, uma decisão incompreensível da equipa de arbitragem que acabou por prejudicar sobremaneira Portugal.
O corte de Rukavina com a mão, após cabeceamento de André Silva, aos 72 minutos, é claro, até para o árbitro que assinalou logo grande penalidade, no entanto, no outro lado do campo, o auxiliar alertou Szymon Marciniak para reverter uma decisão… correta.
Portugal continuou a insistir, tendo ainda novo lance polémico na área da Sérvia, mas em vão… As entradas de Gonçalo Guedes e André Silva ainda agitaram o ataque luso e houve espaço para vários momentos que podiam muito estar agora a ser usados para a justificar o triunfo da Seleção Nacional. Faltou acerto, ficou o (novo) empate.
A seleção portuguesa soma agora dois pontos no Grupo B, atrás de Luxemburgo (três) e Ucrânia (quatro).