As figuras do FC Porto 3x0 SC Braga
Mais vénias ao maestro e um brinde ao aniversariante
Médio
24 anos
Óliver Torres
Ainda há discussão?
Na primeira parte, certinho. Na segunda, arrasador. Vinha da grande exibição em Tondela e voltou a deslumbrar, tanto a jogar sem bola como, acima de tudo, com ela junto ao pé direito. Quando joga bem, o FC Porto joga quase sempre bem. Neste momento, é quase como dizer: quando joga, o FC Porto joga quase sempre bem. Já tinha mostrado a classe em passes longos para Corona receber nas costas da defesa, deslumbrou na abertura para Brahimi fechar o resultado. Ainda há argumentos para o manter fora do onze?Um feliz aniversário
No dia em que celebrou 36 anos fez talvez a sua melhor exibição desde que regressou ao Dragão, a fazer lembrar os melhores dias dos seus vintes de Dragão ao peito. Num FC Porto que começou por ter algumas dificuldades na missão de ameaçar Marafona, foi ele quem deu os primeiros sinais de perigo, com uma cabeça ameaçadora nas bolas paradas. Na defesa, imperial na difícil tarefa de travar Dyego Sousa e na abordagem às bolas paradas defensivas. Forte candidatura ao onze do clássico, mesmo com Militão à espreita.Parceiraço
Já muito elogiámos Pepe, porque foi a face mais visível de uma dupla de betão, mas essa dupla não ficaria completa sem o Xerife da defesa. Impôs-se cedo, ora frente a Dyego Sousa ora frente a Fransérgio, e esteve em sintonia com Pepe. Uma dupla experiente e cada vez mais sólida, pelo que temos de repetir a ideia: não será fácil sentar um dos dois para fazer regressar Militão ao centro.Incansável (?)
Faz jogo após jogo (já lá vão 39 esta época) e insiste em pouco acusar o cansaço. Dominou mais uma vez o corredor nos movimentos ofensivos e, sendo a aposta de sempre nas bolas paradas, criou perigo nesses lances e foi até ele quem abriu o marcador, convertendo o penálti depois de falta de Marafona sobre Herrera. Houve uma vez ou outra em que, pela abordagem posicional, deixou escapar Wilson Eduardo, mas nada que manchasse uma boa exibição em que ficou diretamente ligado ao triunfo.Avançado
29 anos
Dyego Sousa
Uma dor de cabeça
...para os defesas portistas, claro está. Manteve os adversários em sentido na primeira parte, durante a qual os bracarenses ainda conseguiram estar na disputa do resultado. Intenso, batalhador, sem dar bolas como perdidas. No segundo tempo teve uma ocasião de ouro e acabou por perder o duelo com Fabiano, que brilhou na defesa. Surpreendeu a saída quando ainda havia bastante tempo para jogar e um golo bracarense relançaria a eliminatória.Avançado
28 anos
Tiquinho Soares
Entrada de matador
Saltou para o relvado para o lugar de um Fernando Andrade que pouco estava a conseguir acrescenter e trouxe uma outra qualidade à frente de ataque. Dominador nos duelos aéreos, que ganhou sempre aos defesas bracarenses, exibiu classe no segundo golo portista: classe no domínio da bola, classe na finalização subtil a colocar a bola com a força mínima suficiente para a colocar fora do alcance de Marafona.Guarda Redes
31 anos
Marafona
Pouco ponderado
Já não é o primeiro erro grave na época e Abel Ferreira terá nesta altura dúvidas na escolha do melhor para a posição. Viu Herrera aproximar-se e, de forma completamente precipitada e pouco ponderada, saltou de punho esticado na direção do mexicano. Penálti, amarelo, golo. Ficou tudo a jeito do triunfo portista. Pode não ter tido grande culpa nos outros golos e respondido bem a tentativas de Pepe e Corona, por exemplo, mas aquela abordagem teve influência direta no jogo.Avançado
26 anos
Fernando Andrade
Sacrifício e pouco mais
Só esteve 45 minutos em campo, não se sentiu a sua falta na segunda parte. Uma nota necessária: jogar ao centro, como por vezes acontece por necessidade, não parece abonar muito a seu favor, já que as qualidades que vai mostrando se adequam mais às diagonais explosivas. No centro, procura sacrificar-se pela equipa, mas vai faltando a qualidade na posição que outros elementos no plantel têm.