Ambiente de dérbi no número 100, homenagem ao capitão e esperanças de um grande jogo. Que se confirmaram. Que espetáculo deram Sporting e Benfica no Pavilhão João Rocha! No fim, venceu quem controlou melhor as emoções deste dérbi: o Sporting. 6x1 ao Benfica!
O Sporting pôs fim ao ciclo impressionante que o Benfica vinha tendo na Liga SportZone: eram 18 vitórias em 18 jogos. O recorde do leão estava ameçado (21 primeiros jogos a vencer), rugiu à águia e acabou com a brincadeira. Série interrompida e fase regular relançada!
Os primeiros minutos foram do Benfica. A equipa de Joel Rocha cedo mostrou que queria manter-se fiel à sua identidade, com a subida de Roncaglio no terreno a ser decisiva para criar desequilíbrios. E não foi de estranhar o primeiro golo do dérbi 100 ser do Benfica... com a ajuda de Guitta.
Para o Benfica? Não, caro leitor. Para o Sporting. Que rugido que o leão de Nuno Dias deu na reação ao 0x1! Um minuto depois do golo de André Coelho, Dieguinho apareceu no sítio certo para encostar para o empate. Roncaglio defendeu de forma incompleta o remate de Cavinato e Dieguinho só teve de empurrar.
No mesmo minuto... 2x1 para o Sporting. Livre frontal à baliza de Roncaglio, Merlim bateu para a lateral onde Pedro Cary, sozinho, fez de forma fria o golo. O resultado estava virado e o início de jogo não desiludia.
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— Sporting Clube de Portugal (@Sporting_CP) 16 de fevereiro de 2019
⏱08' #FutsalSCP 2-1 SL Benfica#LigaSportZone pic.twitter.com/OZgOVk07wU
O Benfica sentia-se algo perdido no jogo e atravessava o seu período negro no jogo. Chegou à quinta falta com 10 minutos para jogar na primeira metade e o Sporting estava confortável no jogo, tanto a defender como a atacar.
Até final da primeira parte, as águias só conseguiram criar perigo com Fits em campo, através de um jogo mais vertical e com uma referência atacante possante. Resultados práticos? Nenhuns, mas o Sporting encostou-se às cordas nesse período. Pelo meio ainda houve ânimos exaltados que resultou na expulsão de Henmi e Cardinal, depois de uma confusão entre os dois jogadores. E depois... Guitta a redimir-se.
Último minuto da primeira parte, Sporting balanceado no ataque (com Guitta), perda de bola, remate de Fábio Cecílio com selo de golo e defesa brilhante do guardião brasileiro dos leões: com a cabeça, no meio-campo e no penúltimo segundo da primeira metade!
A segunda metade voltou a começar com um Benfica mais forte, em busca do golo do empate. Mas pela frente havia um Sporting organizado (muito bem, diga-se), que fechou todos os espaços possíveis ao conjunto de Joel Rocha.
As soluções não apareciam, os minutos iam passando, o João Rocha ia ficando cada vez mais barulhento... o Sporting voltava a ter o controlo do jogo, mesmo com apenas um golo de vantagem. Estava visto que a segunda parte ia ser um jogo de xadrez entre Nuno Dias e Joel Rocha, com o visitante a atacar...
Quem não mata, morre. É isso que diz o provérbio da nossa tão bonita língua portuguesa. Pois bem, foi isso que aconteceu ao Benfica. Trinta minutos jogados, Sporting no ataque (sempre com Guitta), remate de Pany, desvio de Fábio Cecílio, 3x1 no marcador e novo momento de explosão do vulcão João Rocha. Nunca ouviu falar que a melhor defesa é o ataque?
O Sporting de Nuno Dias ouviu, caro leitor. Não baixou linhas, continuou no processo ofensivo perante um Benfica descrente na vitória e chegou ao 4x1 naturalmente, aos 36', por Cavinato, que não facilitou na cara de Roncaglio.
Faltavam pouco mais de cinco minutos. Suficiente para uma dezena (ou mais) golos no futsal. E Nuno Dias sabia disso. O Sporting sabia disso. O tricampeão sabia disso. E não facilitou perante um Benfica já com Bruno Coelho como guarda-redes avançado. Jogou cada minuto, cada segundo que faltava com a intensidade de todo o jogo e chegou.. à meia dúzia.
O quinto golo foi de Dieguinho, quando faltava um minuto para acabar o jogo. O sexto apareceu logo de seguida, já com o Benfica destroçado, com Guitta a aproveitar uma baliza deserta... Só assim se vence um Benfica que ainda não tinha perdido em 2018/19. Só assim se obedece aos pedidos do domador Nuno Dias: encurtar distâncias para o líder.
6-1 | ||
Dieguinho 7' 38' Pedro Cary 8' Diego Cavinato 34' Guitta 39' | André Coelho 5' Fábio Cecílio 29' (p.b.) |