A presença espanhola nos bancos do Mundial de 2019 é notória e não passa despercebida: Jordi Ribera (Espanha), Raúl González (Macedónia), Toni Gerona (Tunísia), Mateo Garralda (Chile), Valero Rivera (Catar), David Davis (Egito) e Manolo Cadenas (Argentina) compõem o 'lote dos sete'.
Em entrevista ao jornal O Jogo, Ricardo Costa, conhecedor da realidade espanhola e destes treinadores, analisou e justificou o motivo pelo qual o andebol de nuestros hermanos é alvo de ensinado pelo mundo.
«Há dias, o David Barrufet dizia que o sucesso de hoje está assente no que fizeram há 40 anos, quando iniciaram uma filosofia de jogo, que tem a escola jugoslva como base. (...) Depois disso, foi criado um modelo próprio, que tem muito a ver com a cultura de Pep Guardiola, ou seja, manter a posse de bola, e jogar com dois centrais, na busca da continuidade, do um para um e não atirar por atirar», analisou.
O treinador do FC Gaia também esmiuçou a personalidade do seu antigo treinador, nas últimas quatro épocas no Ademar León, e fez um paralelismo com o contexto português.
«Gosto muito do Manolo Cadenas, mas o Jordi Ribera, além de grande treinador, é um estudioso. Sabe impor-se sem dar um berro, difícil em Portugal. Aqui os jogadores confundem a ausência de um berro com falta de caráter, mas o Jordi consegue passar as mensagens de forma educada e nem por isso as suas equipas deixam de ser agressivas», afirmou.