15! 15 vitórias seguidas da equipa de Sérgio Conceição. Mesmo que tenha acontecido num jogo onde os dragões foram muito sofredores e não tão competentes como nos jogos mais recentes, a turma portista segue para a quadra natalícia com a certeza de que os outros continuarão a olhar para cima na classificação.
Num jogo em que a equipa teve alguns percalços e incapacidade para dar uma tarde tranquila aos adeptos, nota para um belíssimo comportamento do Rio Ave e para um Dragão cheio e em comunhão total com os jogadores e o treinador.
Sendo o Natal sinónimo de tradição, a equipa de Sérgio Conceição quis manter a tradição recente de sofrer e depois ir à procura da reviravolta. Tudo feito numa parte, qual dose extra de dificuldade, perante um Dragão repleto e em plena harmonia com uma equipa embalada de forma inesgotável para o trilho das vitórias.
Numa vertente e na outra, porém, o FC Porto foi mais competente. A equipa portista foi mais serena, soube ser criativa e objetiva diversas vezes e, acima de tudo, foi bem mais sábia a explorar a defesa contrária. Foi na competência defensiva que esteve, diga-se, a grande diferença: de um lado, Militão como expoente máximo de qualidade, na antecipação e nas dobras; do outro lado, um quarteto hesitante e muitas vezes macio na forma como se deixou comer pelo quarteto ofensivo azul e branco.
Os golos de Brahimi e de Marega foram exemplos perfeitos disso, mas não casos únicos de uma passividade prejudicial à estratégia coletiva.
É que o Rio Ave teve qualidade e arrojo crescente. A forma como se apresentou no segundo tempo foi exemplo disso, num desenho tático em que Coentrão era o 10, Gabrielzinho dava largura na esquerda e Tarantini fechava o lado direito a defender.
Só que a muita posse, mesmo alguma dela no último terço, deu em muito pouco. Um canto ali (corte fantástico de Telles), outro acolá, raríssimo remate e um FC Porto em sentido, mas com aparente controlo.
Daí que Óliver Torres tenha entrado, para dar mais soluções e para a equipa ter mais bola e assim poder respirar. Não que a mudança tenha sido drástica, mas foi a suficiente para que Casillas visse a bola a uma maior distância.
Sem encantar, mas com tarefa cumprida, o FC Porto vai para a quadra natalícia confortável e em grande.