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    River vence clássico argentino

    Um dos jogos mais épicos da história e um novo Rei sul-americano: a Libertadores é do River Plate!

    2018/12/09 22:09

    O dia de todas as decisões. Não deu em Buenos Aires, deu em Madrid. A segunda mão da inédita final argentina da Libertadores decorreu na capital espanhola num ambiente de grande festa e confraternização entre dois eternos rivais. E nem as maiores estrelas do futebol mundial escaparam: Lionel Messi, Antoine Griezmann, James Rodríguez, Nico Gaitán... todos eles marcaram presença na capital espanhola. O brilho seria diferente no Monumental, é certo, mas o fatídico 24 de novembro desapareceu, por momentos, da mente de todos. Jogava-se um River Plate x Boca Juniors, El Superclásico, o jogo de todos. O jogo que parou o mundo.

    Para que a conversa não se alongue muito, convém referir que a Taça Libertadores tem um novo dono. O River Plate conquistou a quarta da sua história e proclamou-se, uma vez mais, rei do futebol sul-americano.

    Futebol argentino... o que dizer mais?

    Se lhe falarmos em emoção, nervosismo e algum jogo feio pelo meio, a surpresa não será muita... até  porque a primeira parte teve tudo isso. E mais Boca, também. 

    O River, de Gallardo, deixou amostras de grande sofrimento. A primeira fase de construção, levada a cabo por Enzo Pérez e Leonardo Ponzio praticamente não existiu. A disponibilidade era pouca e as movimentações limitadas de Pity Martínez e Palacios, os principais desiquilibradores, condicionaram, por completo, o jogo da equipa que só por uma ocasião - Nacho Fernandez à cabeça - ameaçou a baliza de Andrada.

    A rivalidade espelhada numa fotografia ©Getty /
    Ora, o Boca Juniors, depois de ultrapassados uns bons minutos de nervosismo e futebol mal jogado, revelou um maior ascendente. A pressão alta efetuada pela dupla Pablo Pérez-Nández no miolo funcionou na perfeição para um maior aproveitamento do espaço entre linhas e as oportunidades flagrantes foram surgindo com naturalidade. Maidana esteve perto de uma asneira grande aos 10', Pérez, por duas vezes, teve golo nos pés e Villa obrigou Armani a esticar-se. 

    A insistência deu os seus frutos e adivinhe lá quem é que fez das suas. Dario Benedetto, pois claro. Uma sequência de más decisões dos Millonarios - aconteceu frequentemente durante o primeiro tempo - bastou para que se produzisse um contra-ataque letal. O camisola 18 tirou Maidana do caminho com tremenda classe... e fez o que tão bem sabe. A festa, ao intervalo, fez-se em tons de azul e amarelo.

    Um outro River

    Marcelo Gallardo identificou o problema no mecanismo e o River Plate reentrou com uma estratégia completamente distinta. Muito mais intensa, a formação branca e vermelha importunou o rival durante grande parte dos 45 minutos. Atrevido no ataque, procurando explorar as costas da linha defensiva xeneize, e bem mais equilibrado no setor mais recuado, o River assumiu o jogo e empurrou o Boca para trás. Uma espécie de inversão de papéis que deu frutos, não fosse a tremenda pressão efetuada já com Quintero em campo.

    Aos 68 minutos, e através de um envolvimento coletivo sensacional, Lucas Pratto estabeleceu o empate e apimentou, ainda mais, a batalha. Até ao último suspiro, o nível continuou tão alto que a fadiga não deu tréguas. As pernas tremiam, as cãibras não paravam de surgir, mas o jogo prosseguiu para prolongamento.

    ¡Dios mío, Juanfer!

    Quintero anotou um golaço ©Getty /
    A poucos minutos do início do tempo suplementar, o Boca viu-se em apuros. Wilmar Barrios, com uma entrada dura, recebeu ordem de expulsão e abanou, por completo, os homens de Barros Schelotto. Um golpe profundo remendado por largos minutos. O Boca defendeu-se como um escudo. Sofreu com a pressão e aguentou o que pôde... menos com Juanfer Quintero (esse mesmo!) e Pity Martínez. O talentoso e incompreendido médio colombiano desenhou uma autêntica obra de arte e Martínez decidiu uma das finais mais épicas de sempre. 

    Senhoras e senhores, a 59ª edição Libertadores é do River Plate. O museu do Monumental vai exibir, a partir de agora, a quarta peça de prata mais prestigiada da América do Sul.

    jogos históricos
    U Domingo, 09 Dezembro 2018 - 19:30
    Santiago Bernabéu
    Andrés Cunha
    3-1
    a.p.
    Lucas Pratto 68'
    Juan Quintero 109'
    Pity Martínez 120'
    Darío Benedetto 44'

    ESTÁDIO

    Santiago Bernabéu
    Lotação81 044
    Medidas105x68
    Inauguração1947
    Positivo
    Persistência branca e vermelha
    A mudança de chip na segunda parte foi decisiva. O River Plate entrou de cara lavada e contornou - com muito sucesso, diga-se - a estratégia levada a cabo pelo Boca nos primeiros 45 minutos. No prolongamento, em superoridade numérica, a vitória acabou por surgir com alguma naturalidade. Aí, Quintero fez maravilhas.
    Negativo
    Expulsão de Barrios
    Exagerada ou não, o certo é que a expulsão de Wilmar Barrios condicionou todo o jogo do Boca Juniors no prolongamento. O sofrimento foi imenso e custou caro, apesar das oportunidades flagrantes no momento de maior desespero.
    Forma
    River Plate
    2018/2019
    11J
    5V
    4E
    2D
    16-6G
    Boca Juniors
    2018/2019
    13J
    7V
    3E
    3D
    17-10G
    O Árbitro
    Manter o pulso num encontro desta magnitude é de louvar. Nem todas as decisões foram tomadas corretamente, mas Andrés Cunha está de parabéns pela forma correta como aguentou o barco de início ao fim.

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