sexydriver 24-04-2024, 10:00
O treinador do FC Porto falou sobre a expulsão no Bessa, na última jornada, depois de a equipa de arbitragem ter considerado exagerado o seu festejo ao golo de Hernâni.
«Não sei se resumo isso em apenas um minuto, se calhar era preciso um pouquinho mais. Primeiro, gostava de dizer nunca é agradável ser expulso e que, nestas três expulsões de que tanto falam, não apanhei castigo porque não fiz nada de grave para que isso acontecesse. O jogo contra o Boavista foi difícil, um dérbi que é sempre muito disputado e intenso. Estávamos precavidos para isso, mas não contava que o Boavista não jogasse futebol. Dou um exemplo de outro candidato ao título que foi ao Bessa no início da época e o Boavista fez 12 faltas. Contra nós fez mais do dobro. Isto fora as faltas que não foram assinaladas. Para além da questão do tempo útil do jogo. Depois, conhecendo o ambiente no Bessa, com uns amiguinhos atrás de mim a dizer coisas bonitas o jogo todo, com o banco do Boavista constantemente em pé, tirando o treinador, que às vezes estava na linha de fundo, outras no meio-campo. Faltas constantes para amarelo, uma verdadeira batalha. Aos 95 é o golo, eu comemoro, com um palavrão, é verdade, e parece que foi a coisa mais grave que aconteceu. Acho inadmissível isto. E não falaram sequer no tempo de jogo, dos amarelos... Só falavam da minha expulsão e de um penálti por assinalar. O golo do Herrera, que não sei se está fora de jogo, também não se falou», referiu.
E continuou, com o recurso ao golo heróico de Éder na final do Euro 2016, a 10 de julho desse ano, num apelo à compreensão por parte da opinião pública.
«Eu estava a vir para aqui e vinha a pensar: vocês, nós, qualquer português com o golo do Éder... ninguém festejou de forma efusiva? Ninguém soltou um palavrão? São capazes de dizer que não? Tirando se estiverem na missa, ou algo do género. Para mim, o golo do Éder são todos os jogos do FC Porto, são todos vividos com paixão e emoção. Que é que eu disse de mais? Disse «tomem» e um palavrão, e daí?», questionou.
«O Jorge Jesus vivia o jogo da forma como eu vivo e eu não o via a ser expulso como eu sou. Não quero ir por isso da perseguição... há coincidências: o fiscal de linha que chamou o árbitro para me expulsar na Supertaça foi o mesmo deste jogo. Mas não vou por aí, tento não fugir às vossas perguntas», completou.