Está de fora dos relvados há quase dois meses, depois de um início promissor no Sporting, e está mortinho por voltar a jogar. Raphinha, extremo do Sporting, concedeu uma entrevista ao portal brasileiro Goal, onde falou de muito mais que de futebol...
«Tenho muitos projetos. Tenho um projeto com o meu pai para ajudar as crianças carentes, fazer com que elas mudem de vida e encontrem uma outra realidade, principalmente no bairro onde nasci, em Porto Alegre. Quero tirá-las do mundo das drogas, muitas delas têm os pais presos ou que são traficantes... O nosso objetivo é a mudança de foco. Quero um futuro melhor para elas. Tenho também um projeto para lançar uma marca de roupa», começou por revelar, continuando logo depois.
«Vi muita coisa acontecer, alguns amigos meus de infância já não estão vivos, outros estão envolvidos no tráfico de drogas... Tudo isso mexe muito comigo. Como não consegui ajudá-los na infância, penso então em ajudar as crianças de hoje», começou por explicar Raphinha, que deu nas vistas (e muito) no Vitória SC antes de rumar a Alvalade, onde se sente «muito apreciado pelos adeptos».
Agora com Marcel Keizer ao comando, Raphinha teceu rasgados elogios ao técnico holandês, nomeadamente sobre a sua capacidade de apostar em jovens jogadores, vindos da Academia leonina.
«O Wendel é um jogador de muita qualidade, acho que ninguém duvida disso. Ele estava a precisar de ganhar um pouco mais de confiança. Agora, com uma sequência de jogos, não vai decepcionar», confidenciou.
Agenciado por Deco, Raphinha tem como colega de empresário Tiquinho Soares, antigo companheiro no Vitória SC e que, hoje, joga no rival FC Porto. Uma rivalidade que, Raphinha, explica ser complexa...
«A rivalidade é muito grande. Há algumas semanas, por exemplo, postei no Instagram uma foto com Soares, e acabei por receber algumas mensagens com ofensas, tudo isso porque coloquei a foto com um jogador do FC Porto. Acredito que a rivalidade precisa ser dentro de campo, cada um defendendo um lado. Se tiver que dar porrada, vamos dar porrada. Se tiver que sair sangrando, vamos sair sangrando. Agora, fora de campo, tenho os meus amigos, e isso não muda em nada», comentou o extremo que, questionado sobre os craques da Liga NOS, falou em Brahimi, Salvio, Cervi e Soares.