As figuras do Schalke 04 1x1 FC Porto
Não se ganhou um jogo, lá se ganhou uma dupla (ou um trio...)
Defesa
20 anos
Éder Militão
Funcionário do mês
Se Felipe é o patrão, Militão é um funcionário exemplar. Cumpre com distinção o que lhe é pedido e ainda faz mais do que o esperado, fazendo dobras constantes para compensar facilitismos de outros elementos (em particular, dos laterais). Parece saber sempre o momento ideal para meter o pé e fazer corte limpo, mesmo em momentos de pressão e sem apoio. Recurso de peso, seja qual for a prova.Guarda Redes
29 anos
Ralf Fahrmann
Como se não bastasse o outro...
O FC Porto tinha já más memórias de guarda-redes neste estádio (Neuer, estamos a olhar para ti...), ganhou um novo inimigo de estimação. Voou para defender o penálti de Alex Telles, que não foi de todo mal batido. Ainda negou o golo a Felipe de forma milagrosa num livre estudado do FC Porto (teve também a felicidade de estar no sítio certo) e travou um bom remate de Otávio.(Também) de seleção
O patrão de sempre, menos móvel do que Éder Militão mas a impôr-se quase sempre nas (muitas) bolas longas que o Schalke 04 lançava em busca dos avançados. Interceções foram muitas, desarmes também e aquele que já era o patrão da defesa dos dragões até poderá vir a melhorar agora que parece ter encontrado o parceiro ideal no eixo. Não foi uma exibição perfeita, houve uma ou outra desatenção, mas estas iam sendo compensadas pelos colegas.Médio
27 anos
Danilo Pereira
A limpar o que havia
A razão para aquele parêntesis no título. Tranquiliza qualquer dupla de centrais quando faz os cortes de recurso que conseguiu fazer. Na primeira fase de construção, também ela um dever de um jogador da sua posição, não esteve tão bem e falhou passes, mas nos cortes foi impressionante, como era antes da lesão. O Schalke 04 era pouco criativo no ataque, em muitas das vezes que conseguiu construir ataques com fio condutor lá aparecia muitas vezes Danilo a cortá-lo.Não tremeu e ameaçou mais
Começou o encontro a apalpar terreno, a procurar a melhor forma de intervir naquele esquema tático, tendo sido colocado de início em terrenos mais centrais do que tem sido hábito. Com o passar do tempo, começou a mexer-se mais, também por aparente indicação de Conceição, e começou a tabelar com colegas em velocidade, intervindo mais no jogo. Converteu o penálti com sucesso e ficou próximo de bisar nos últimos dez minutos com um remate forte que Fährmann travou.Defesa
30 anos
Daniel Caligiuri
Ameaça no serviço
Tem um múltiplo papel nesta equipa, assumindo o flanco direito muitas vezes em exclusivo (embora com dobras dos colegas). Mais do que um lateral-direito, é um médio-ala e além de assumir os movimentos ofensivos naquela posição (sem ser explosivo, mas sendo consciente), tem a responsabilidade das bolas paradas. Bateu-as bem e criou perigo com as bolas lançadas para a grande área. Aos 17' encontrou Naldo, que não marcou porque não calhou, e tentou aproveitar as faltas portistas para repetir a ameaça.Avançado
27 anos
Moussa Marega
Não vai ser ele a inventar os espaços...
É um jogador de profundidade, de ser lançado nas costas da defesa adversária ou de lutar pelo seu espaço com a bola já em zona central. Tão encostado à faixa ofensiva, e recebendo as bolas com adversários pela frente, não tem virtuosismo para ultrapassar obstáculos. Tenta fazê-lo, perde as bolas pelas linhas laterais e de fundo, demasiadas vezes. Saiu Aboubakar, Marega assumiu o centro do ataque e arrancou o penálti, é verdade. Em termos de resultado, lá teve a sua influência, mas não apagou os momentos em que esteve apagado. Não é um extremo.Médio
28 anos
Héctor Herrera
Tão diferente
Sem a garra que já tantas vezes demonstrou, sem passes assertivos (com muitos falhados...), sem transportar a bola para o ataque. Com Danilo na retaguarda, tem de assumir o papel de ligar setores, tanto com a bola controlada como em lances em velocidade. Num e noutro contexto, saiu-lhe muita coisa menos bem.