Luís Castro lançou esta quinta-feira a deslocação do Vitória SC ao terreno do Benfica e defendeu que a sua equipa tem hipóteses de surpreender os encarnados nesta primeira jornada. A respeito da estratégia para a partida, o treinador dos vitorianos começou na perspetiva teórica e passou para a perspetiva prática.
«Se eu projetasse o jogo em teoria, eu diria que o melhor para o Vitória é chegar à Luz e impor o seu jogo no meio-campo do adversário. É natural que o momento em que o Benfica se sente menos bem seja a defender, porque é uma equipa voltada para o momento ofensivo, claramente, até pela percentagem de posse de bola que vai tendo em cada jogo. E nós também gostamos muito de ter bola, portanto transportar o jogo para o meio-campo do Benfica e conseguir lá ter bola e ser agressivo no último terço é o ideal. Projetando o jogo assim, é o que gostaríamos que acontecesse», indicou o treinador de 56 anos.
«Claro que uma coisa é a teoria e outra é a prática. A prática diz-nos que quando nós queremos impor algo que é nosso do outro lado está sempre um adversário que não quer que aconteça isso e quer impor o que é dele. E o jogo vai sendo isto, um vai querendo impor e o outro vai evitando. Um vai querer conquistar espaços e o outro quer evitar que se conquistem espaços. Um quer conquistar jogadas de finalização e o outro quer evitar que essas jogadas de finalização aconteçam. Vai sendo isto para os dois lados», explicou.
Sobre as hipóteses de pontuar na Luz, Luís Castro indicou: «Não vamos esconder que vai ser um jogo difícil mas é um jogo em que as possibilidades também existem para o nosso lado».
A época não arrancou da melhor forma para o Vitória SC, que foi afastado da Taça da Liga pelo Tondela, mas Luís Castro garante que a equipa não abdica das suas convicções.
«Nós caminhamos com convicções, não caminhamos porque acontece isto ou aquilo nas nossas vidas e depois desacreditando em tudo o que fizemos até então. Isso não tem sentido algum. O ato de viver é um ato de convicções, temos de ser responsáveis por aquilo que fazemos todos os dias e com as convicções com que caminhamos. Estarmos sempre de acordo e deixarmos a nossa consciência todos os dias tranquila», realçou.
«O que se passa é que muitas vezes os resultados que acontecem podem criar-nos uma ou outra hesitação, mas não nos podem desviar daquilo que é o fundamental. O fundamental é que nós sabemos que o futebol é pródigo em momentos em que não estamos tão bem, mas também sabemos que de repente se instala um momento positivo e caminhamos com ele durante largas semanas. Há vários caminhos percorridos pelas equipas para atingirem sucesso. Não quer dizer que tenhamos de ganhar dez jogos seguidos para termos sucesso, muitas vezes perdem-se dois, ganham-se oito, perdem-se três, ganha-se um... vai havendo alguma intermitência ao longo do campeonato. O que interessa é que o somatório de tudo aquilo que fazemos faça com que no final atinjamos os objetivos. É essa a nossa esperança, a nossa convicção, é de forma determinada que vamos tentar atingir esse objetivo», prosseguiu.
A rematar, Luís Castro confirmou ainda que Venâncio está «completamente afastado» da partida inaugural da Liga NOS, ao passo que a recuperação de Pedro Henrique a tempo do jogo é «muito difícil», mas possível.
3-2 | ||
Pizzi 10' 30' 38' | André André 76' Guillermo Celis 81' |