Águia dá dois de avanço e recupera de Alfa

O Benfica esteve a perder por 2x0 contra o Borussia Dortmund, mas conseguiu chegar ao empate na segunda parte e evitar aquela que seria a primeira derrota da época - e ainda ganhou nos penáltis. Num jogo com momentos durinhos e com momentos de pressão alta de parte a parte, houve muito aproveitamento, já que as oportunidades foram quase todas concretizadas.

Benfica a carvão, Dortmund a pilhas Philipp

A entrada dos encarnados até foi boa. Com pressão alta sobre o adversário, a equipa de Rui Vitória mostrou estar mais bem preparada que o adversário nesta fase e soube condicionar a saída de bola (boa ação de Pizzi e Gedson neste particular) dos alemães, que continuaram a arriscar no futebol apoiado.

Só que à maior intensidade do Benfica, o Dortmund respondeu com maior qualidade técnica. Assim se explicam os dois golos em dois minutos (20' e 22'), depois de apenas um aviso, minutos antes, por Maximilian Philipp. Ainda de pouca expressão a nível mundial, este avançado deixou bons pormenores e, após o tal remate de fora da área, que saiu pertíssimo da baliza de Svilar, encontrou mesmo o caminho do golo: primeiro, a culminar uma jogada ao primeiro toque desde a esquerda até à pequena área, depois a responder a um passe picado delicioso de Götze (ainda sabe muito disto).

Dois golos, quebra anímica da águia e perda do ascendente no jogo, que, estava visto, era um engano. O Dortmund não precisou de muito para fazer bem mais.

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E, de repente, as águias pareceram com o ponto de mira bem mais desfocado. Ou seja, se a sensação inicial era de que a vitória podia ser alcançada, até pelas ausências do adversário, depois passou a ser de que a baliza contrária estava muito distante. E só esteve realmente perto quando uma pressão alta deu em remate de Pizzi que foi desviado milagrosamente para canto.

Um Alfa silencioso

Só que, num jogo em que as aparências foram iludindo, a segunda parte foi de inversão, mesmo sem que nada o indicasse.

Tudo começou com um passe muito bem metido por Pizzi para um André Almeida que começou o lance a fazer uma recuperação e acabou com uma finalização sem problemas.

Continuou depois, já após uma infinidade de substituições (felizmente, cada equipa fez as suas em simultâneo), das quais veio Alfa Semedo, sedento de vontade e a concretizar poucos minutos depois de entrar: rematou contra um adversário, pressionou para recuperar a bola, conseguiu-o e depois fez o empate.

Para toda esta alteração de resultado, é bom que se diga, não houve propriamente um Benfica a jogar muito mais. Aliás, as águias pressionaram menos o adversário, mas organizaram-se melhor e não permitiram tantos espaços aos rápidos atacantes alemães. Num formato mais cínico, chegou o empate.

Uma igualdade que se manteve até ao fim, com os alemães bem menos capazes no último terço e com as águias a aproveitarem para experimentar uma nova equipa - só Svilar esteve em campo os 90 minutos.

Nas grandes penalidades, os encarnados só falharam por Samaris (acertou na trave) e viram um adversário mandar à barra e outro para defesa de Svilar. Assim, as águias somam dois pontos na competição.