90 minutos é pouco para esta geração

Disputado no final da época, o Mundial costuma trazer fantasmas de cansaço para aqueles protagonistas que, chegados ao verão, contam já com meia centena ou mais de partidas. Modric, Rakitic e companhia inserem-se nesse contexto de muitos minutos nas pernas, mas isso não impede que a seleção de Leste tenha feito história: três vitórias em tempo extra para chegar à final é único. E nem foram precisas as penalidades...

Tendo em conta o registo mais recente, Subasic estaria pronto para dar boa resposta caso o jogo fosse para penáltis. Mandzukic aproveitou a assistência de Perisic e impediu mais uns quantos ataques de coração para um povo que, em comparação com 1998, tem ainda mais razões para sonhar. 

Curiosamente, a outra seleção com tantos prolongamentos em fases a eliminar de campeonatos do Mundo tinha sido a Inglaterra, rival derrotada na meia-final de Moscovo. Em 1990, a seleção de Bobby Robson ultrapassou, no prolongamento, Bélgica e Camarões, sucumbindo nas grandes penalidades diante da Alemanha, a futura campeã do Mundo. Os croatas já têm nos germânicos um bom ponto de referência...

Prolongamentos à vida

Para lá do feito desta competição em específico, a chegada da Croácia à final via três vitórias no tempo extra marca uma viragem tendo em conta os tempos mais recentes do futebol deste país, que viveu traumas em 1998 e 2016, com o prolongamento, e em 2008, nas grandes penalidades. 

Desta vez, as partidas que vão para lá dos 90 minutos não só não resultaram em deceções como farão parte, independentemente do resultado de domingo, da história mais bonita do futebol croata. 

🇭🇷Croácia é a primeira seleção, de sempre, a chegar a uma final do 🏆Mundial com 3 vitórias no prolongamento ou nas grandes penalidades:
V 1-2 🏴󠁧󠁢󠁥󠁮󠁧󠁿Inglaterra [prolongamento]
E 2-2 🇷🇺Rússia [penáltis 4-3]
E 1-1 🇩🇰Dinamarca [penáltis 3-2] pic.twitter.com/dRgT3Q6Vkl

— playmakerstats (@playmaker_PT) 11 de julho de 2018