O Jamor reabriu as suas portas para a festa da Taça de Portugal, desta feita para receber o futebol feminino. Sporting e SC Braga, reconhecidas de forma unânime como as duas melhores equipas a nível nacional, reeditaram a final do ano passado no Estádio Nacional e voltou a decidir-se tudo no prolongamento a favor do Sporting (1x0).
Recentemente consagradas bicampeãs nacionais, as leoas tiveram as melhores oportunidades no primeiro tempo, através de Diana Silva, logo aos 9 minutos, com a avançado do Sporting a não conseguir dar a melhor sequência a uma boa jogada pelo corredor esquerdo de Fátima Pinto, e Sharon Wojcik, aos 23', perante um Braga um pouco amorfo quer na definição do último passe quer na finalização.
No segundo tempo, as comandadas de Miguel Santos reagiram muito bem a uma primeira parte menos conseguida e foram a equipa que esteve (muito) mais perto de inaugurar o marcador no Jamor. Francisca Cardoso foi a primeira a ameaçar a baliza de Patrícia Morais, com a guarda-redes do Sporting a brilhar entre os postes.
Aos 83 minutos, Francisca Cardoso, novamente, uma das apostas do treinador do Braga no decorrer da segunda metade, colocou mesmo a bola no fundo das redes leoninas, assistida de forma primorosa por Dolores Silva, só que o golo foi anulado pela árbitra Sílvía Santos, auxiliada pelo VAR – a jogadora do Braga estava ligeiramente adiantada e foi por isso assinalado fora de jogo.
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— Sporting CP Futebol Feminino (@FutFemSCP) 27 de maio de 2018
O destino quis que a partida seguisse o rumo da última final no Jamor, discutida precisamente entre as mesmas equipas, e foi no prolongamento que o encontro se resolveu a favor do Sporting, tal como em 2016/17.
Patrícia Morais ainda teve tempo para brilhar ainda mais na baliza leonina, ao negar, com uma estirada incrível, um remate portentoso de Ágata Pereira, que levava selo de golo, antes de, um pouco contra a corrente do jogo, o Sporting adiantar-se no marcador.
Diana Silva percebeu o adiantamento de Rute Costa e aplicou um chapéu perfeito, em cima do apito para o intervalo do prolongamento, naquele que foi um verdadeiro hino ao futebol feminino e que fez levantar os milhares de adeptos leoninos presentes nas bancadas do Jamor.
O Braga não baixou os braços, voltou a ter oportunidades para chegar ao golo, sobretudo em duas ocasiões, aos 108 minutos, por intermédio de Francisca Cardoso, mas Patrícia Morais esteve mais uma vez irrepreensível a segurar a vantagem do Sporting.
Com esta conquista, que se segue à Supertaça e Campeonato Nacional, as leoas reforçam a hegemonia do futebol feminino em Portugal.