Aboubakar, o homem que «jogou dois meses lesionado» num Dragão «na história por travar o penta do Benfica»

Foi uma das principais figuras do ataque portista em 2017/2018, uma época que marcou o regresso aos títulos de um clube habituado a ganhar. Em entrevista ao jornal O Jogo, Vicent Aboubakar destacou o feito dos azuis e brancos, numa época em que o principal rival ameaçava igualar o maior período de hegemonia de uma equipa portuguesa.

«O campeonato foi um objetivo alcançado, que não acontecia há quatro anos. Além disso, o Benfica tinha a possibilidade de ganhar o título pela quinta vez consecutiva consecutiva e fazer história como o FC Porto, mas rompemos essa série. Este plantel vai ficar na história porque quebrou o penta ao Benfica. Para o presidente e para todos, foi muita emoção. Contribuímos para a história do FC Porto», afirmou o dianteiro, em entrevista. 

Apesar de ter acabado a época com 26 golos, Aboubakar não viveu um ano perfeito. O avançado teve alguns períodos menos bons, muito por culpa de diversos problemas físicos, que travaram a titularidade a tempo inteiro. Em entrevista, o dianteiro confessou ter jogado...lesionado. 

«Posso-lhe dizer que joguei pelo menos dois meses lesionado. Tive de levar umas injeções, mas sacrifiquei-me pela equipa numa altura em que os outros avançados estavam lesionados. Assumi isso e o treinador sabia, porque queixava-me, sentia que não conseguia rematar com força. Foi duro, mas foi uma experiência. Da próxima vez terei de parar para descansar e poder regressar em força», assumiu o dianteiro. 

Elogiado por todos, Sérgio Conceição teve uma época de estreia para mais tarde recordar. O técnico portista chegou, viu e venceu, sendo reconhecido pelos seus jogadores como um grande responsável. Aboubakar não fugiu à regra. 

«Sérgio Conceição? Só posso ter uma imagem positiva, porque me levou a ser mais homem, a alcançar outros patamares a nível mental, fez de mim um jogador mais forte, ultrapassando certas coisas. Foi uma experiência boa, fomos campeões justos, é boa pessoa e sabe aquilo que quer dos jogadores», sublinhou o camaronês, que não deixou de apontar um defeito: «Mas quando corre mal, acho que devia ver como fala aos jogadores, porque às vezes era tudo muito quente», concluiu.