Um Rio Ave que merece «aplausos» e que caminha em dois mundos: o da estratégia e o do modelo/identidade

É uma das equipas em destaque no futebol português, está, neste momento, em posição europeia e, no entender do técnico, não precisa do quinto posto para merecer «aplausos» pelo rendimento demonstrado. 

Com 47 pontos assegurados, mais três do que o Marítimo, o principal rival nesta luta, o Rio Ave tenta fazer aquilo que não conseguiu na época passada: superar o rival madeirense na parte final da época. Apesar das dificuldades, os jogadores rioavistas já ganharam o respeito do seu mister. 

«Antes do jogo tive oportunidade de fazer duas coisas com os meus jogadores. Disse-lhes que, independentemente daquilo que acontecesse, tinham os meus aplausos por aquilo que tem sido a época do Rio Ave. Naturalmente a vitória dá mais brilho. E disse-lhes que se divertissem, que fizessem um jogo forte. Não posso só ser tão claro quando analiso as coisas menos boas da minha equipa. Também tenho que exaltar as coisas boas», afirmou o técnico, na sala de imprensa dos Arcos. 

Uma equipa, dois mundos

Apesar da vitória, o Rio Ave teve um dos jogos mais complicados na condição de visitado na época de 2017/2018. Diante do Chaves, a equipa não foi tão dominadora como é habitual, mas Miguel Cardoso não olha para isso como um verdadeiro problema. O momento da época não está para domínios incontestáveis, segundo o técnico. 

«Costuma-se dizer que muita coisa pode dar errada antes de dar certo. Não me parece que houvesse muita coisa que desse errado durante o jogo. Por vezes, vocês exaltam o lado estratégico do jogo e, por outras vezes exaltam o lado do modelo e da identidade. Era importante jogar este jogo nos dois planos. Viram-se duas equipas fiéis a si próprias. Estamos a falar de duas equipas com bons processos de jogo, que são de valorizar. Naturalmente, nestas circunstâncias, não podemos querer que as equipas assumam um domínio. Nos nossos momentos fomos mais eficazes», atirou.