Dost para VARiar

O Sporting somou a quinta vitória consecutiva para todas as provas ao derrotar o Boavista pela margem mínima. Um golo de Bas Dost, de grande penalidade, foi decisivo para os leões continuarem na perseguição ao Benfica e ainda com esperanças de chegar ao primeiro lugar. Os leões tiveram uma primeira parte positiva, mas quebraram bastante no segundo tempo e acabaram por deixar o resultado em aberto até final.

Ainda assim, o Boavista sentiu em demasia a ausência de David Simão e apresentou muito pouco ofensivamente, só conseguindo aparecer no momento em que os jogadores do Sporting ficaram sem forças. Os axadrezados não vencem há cinco jornadas e vão ficando cada vez mais distantes do quinto lugar.

Meia hora à direita agitou o Leão

«É o fim da tempestade». Foi desta forma que Jorge Jesus apelidou o encontro com o Boavista que marca o final da sequência de jogos dos leões de três em três dias. Antes de ultrapassar a tempestade, o técnico leonino pediu aos seus jogadores para ultrapassar o Boavista e só assim se explica a presença de alguns elementos que se encontravam em dúvida por problemas físicos. Piccini foi o único a ficar de fora, o que é demonstrativo da forma como os leões vão abordar todas as partidas até ao jogo 60, o último da temporada, no Jamor.

Jorge Simão sentiu a falta de David Simão ©Carlos Alberto Costa

Sem o homem que habitualmente faz a ligação entre setores e fornece qualidade de passe, o Boavista sentiu algumas dificuldades no momento de sair com bola controlada e as tentativas de criar perigo em contra-ataque foram quase sempre intercetadas pelo posicionamento da defensiva leonina. Após quinze minutos de equilíbrio e pouca velocidade imprimida no jogo, o Sporting partiu para o domínio da partida. O flanco direito esteve sempre em maior evidência.

Com Ristovski a dar enorme profundidade e velocidade ao setor atacante dos leões, o futebol da equipa de Jorge Jesus cresceu a partir da direita, por onde Bruno Fernandes apareceu quase sempre bem. O médio português foi combinando com Gelson e com o lateral macedónio e a defesa boavisteira não conseguiu encontrar forma de lidar com a dinâmica dos leões. 

Ristovski esteve em destaque na primeira parte leonina ©Carlos Alberto Costa

Segunda parte pobre e de quebras...físicas e de ritmo

Catapultado por esse momento e sempre com dinâmica do lado direito, foram várias as situações criadas pelos leões. Bruno Fernandes esteve envolvido em praticamente todas, mas tanto Bas Dost como Gelson Martins encontraram em Vágner um guarda-redes inspirado. O brasileiro manteve o Boavista na partida até ao intervalo e os axadrezados regressaram com vontade de dar outra imagem, aparecendo mais agressivos.

Gelson pareceu sempre em dificuldades físicas mas mostrou enorme espírito de sacríficio ©Carlos Alberto Costa

Foi notória a quebra física na equipa leonina, mas ainda assim o Boavista não aproveitou essa quebra de ritmo e continuou sem criar perigo junto da baliza de Rui Patrício. Os leões podiam até ter sentenciado a partida caso conseguissem aproveitar a desconcentração na defesa axadrezada, mas o cansaço levou alguns jogadores a tomar decisões precipitadas e foi o golo de Bas Dost a fazer a diferença no final da partida. 

Foi uma vitória de sacrifício e de muito suor por parte do Sporting que, como ficou demonstrado na segunda parte, está a precisar de repor energias. Ainda assim, os leões seguem numa boa sequência de vitórias e voltaram a sair de Alvalade sem sofrer golos, algo que aconteceu pela 14ª partida consecutiva.