Jesus disse que equipa foi ao limite e agora... que venha a «sardinhada»

No final do encontro ganho nos penáltis ao FC Porto, Jorge Jesus elogiou a inteligência e paciência dos seus jogadores, fundamental para levar de vencida esta eliminatória.

«O FC Porto tinha a vantagem 1x0. Quis ganhar algum tempo, com faltas e alguma demora na reposição, coisas normais de quem está a vencer. Os jogadores do Sporting foram inteligentes. Não era importante marcar na primeira parte, mas sim apenas marcar e depois resolver no prolongamento ou penáltis. Estávamos confiantes. Os jogadores são dignos. Andamos a fazer muitos jogos seguidos e, mesmo assim, hoje não se notou no prolongamento», afirmou o treinador dos leões, em declarações à Sport TV.

O treinador de 63 anos falou ainda no que lhe passou pela cabeça, na hora de mudar jogadores, mas que pensou com a ‘cabeça fria’.

«A chave esteve nos jogadores. Não se precipitaram. Sabíamos que era importante marcar primeiro. Taticamente e mentalmente nunca perdemos a cabeça. Podia arriscar e jogar com dois avançados. Pensei em por Dost (estava esgotado), Doumbia e Montero, mas procurei surpreender com dois avançados frescos, esse foi talvez o segredo. O Porto teve dificuldade com a pressão alta. Quanto aos penáltis, é treino e muito trabalho durante a época. Podes ter mais sorte ou menos sorte», referiu Jesus, que também se mostrou um pouco preocupado com o próximo jogo.

«Não sei como vai ser contra o Boavista. Gelson, Mathieu, Piccini e Acuña têm problemas musculares, Bruno Fernandes está cansado. Fizemos 55 jogos, vamos fazer 60 jogos. Nunca nenhuma equipa em Portugal fez tantos jogos. Ainda temos mais jogos para discutir o campeonato», rematou o treinador sportinguista que também agradeceu o apoio dos adeptos.

Por fim, o timoneiro verde e branco disse não existirem favoritos nas finais e realçou que o regresso ao Jamor, onde já foi com Belenenses e Benfica, é especial e lhe traz boas sensações.

«O Jamor diz-me muito sentimentalmente. Fui habituado a ver finais ao Jamor com os meus amigos, família. É um espetáculo antes do jogo, por fora, com os adeptos, o espaço no exterior onde as famílias podem fazer sardinhadas. É uma jornada bonita para que as famílias se juntem. É uma festa, para além do espetáculo desportivo. É uma sensação muito boa», concluiu Jorge Jesus.