Reunidas no quartel general da Federação Portuguesa de Futebol ao longo desta semana, entenda-se na Cidade do Futebol, as jogadoras às ordens de Francisco Neto estão motivadas para o segundo duelo com a congénere belga, sobretudo depois da fantástica campanha na Algarve Cup.
«Todas as jogadoras têm a noção de que vai ser um jogo muito importante e estamos todas focadas naquilo que o treinador nos diz e a estratégia que ele nos passa. Preparamos-nos da mesma maneira, tal como para os outros jogos. Tenho a certeza que este grupo vai dar a melhor resposta na sexta-feira [amanhã]», garante a central Raquel Infante, ao zerozero, que acredita que a equipa está hoje mais preparada para o desafio em comparação com o primeiro encontro (0x1).
«Sim, posso dizer que o grupo está confiante, mas acho que no primeiro jogo batemos-nos de igual para igual, tivemos oportunidades e para mim o resultado foi injusto. Não posso dizer que a Bélgica não é uma boa equipa, porque é uma boa equipa, tem jogadoras de grande qualidade, principalmente ofensivamente», analisou.Entre as virtudes estão também os pontos mais fracos. Raquel Infante aponta o setor defensivo como o mais débil das belgas.
«Acho que o ponto mais fraco delas seja defensivamente. Acho que a nível ofensivo somos uma equipa muito forte, com uma grande velocidade na frente, e tenho a certeza de que, tendo em conta o estilo delas, vai ser muito complicado para a Bélgica», aponta.
A participação inédita na fase final do Campeonato da Europa e a campanha histórica na Algarve Cup, onde Portugal conseguiu ombrear com algumas das melhores seleções do Mundo, concentrou ainda mais as atenções sobre o fenómeno que tem sido o crescimento do futebol feminino português e por consequência o crescimento da Seleção Nacional.
Raquel Infante defende que as outras seleções têm agora mais respeito pela equipa das quinas e dá um exemplo daquilo que aconteceu no último jogo que realizou no campeonato francês.
«Posso dar um exemplo: no último jogo no campeonato francês joguei contra três jogadoras belgas e quando lhes disse “até sexta” houve uma que olhou e disse: "ok, até sexta". Se fosse antes, tenho a certeza que não me ia olhar porque a maneira como ela me olhou foi um olhar de respeito. Um pouco do género: "vamos lá ver o que vai acontecer na sexta". Acho que temos ganho isso com trabalho, confiança do grupo, sem individualizações. Acho que esta seleção destaca-se pelo coletivo que tem», rematou.
1-1 | ||
Tine De Caigny 90' | Dolores Silva 90' (g.p.) |