É particular, mas o cheiro a Mundial já invade toda a comitiva nacional. A menos de três meses do início da grande festa do futebol, na Rússia, Fernando Santos tem hoje o primeiro de dois testes antes de divulgar a convocatória final. Há quantidade e qualidade nas escolhas, mas há também uma equação para resolver antes de maio.Â
Tendo em conta que falamos de um jogo sem implicações oficiais, é quase certo que os 25 jogadores convocados sejam todos utilizados, sendo que a utilização de duas equipas diferentes de uma partida para a outra é mais do que provável, com o selecionador a guardar uma base para que aqueles menos rotinados tenham outro suporte para se mostrarem ao mais alto nível.Â
De entre as escolhas, há algumas caras novas. Mário Rui, à procura da primeira internacionalização, pode aproveitar a boa temporada do Nápoles e os problemas físicos de Coentrão e Guerreiro para convencer o selecionador. Além do defesa, Rúben Neves e Rolando, habituais ausentes, têm na dupla jornada particular uma boa oportunidade de mostrar serviço. Â
Do outro lado, estará o Egito, equipa que regressa aos campeonatos do Mundo. Além da presença do português Hassan, há ainda Salah, pronto a utilizar a sua boa forma para elevar o nível coletivo do seu país. Deste tipo de equipas pode-se sempre esperar uma surpresa, daí que Portugal tenha de ser organizado se quiser juntar a exibição e os testes a um triunfo, sempre mais aglutinador do que um resultado negativo.Â
É verdade que Fernando Santos não quer olhar para a partida como «um teste», mas os jogadores sabem que o comboio da seleção é competitivo. A hora é de mostrar serviço.Â