O fim de semana foi, em parte, marcado pelas consequências das declarações de Bruno de Carvalho após o anúncio dos resultados da Assembleia-Geral de um dos maiores clubes portugueses, as quais tiveram evidentes repercussões. Posto isto, e apesar de não querermos dar ênfase em demasia ao assunto, gostaríamos de enumerar alguns pontos que nos parecem pertinentes.
Desde logo, obviamente repudiamos o conteúdo das declarações do presidente do Sporting e, sobretudo, a inflamação que tais tiveram pelo facto de o evento estar a ser acompanhado por muitas equipas de reportagem, nossos colegas. Repudiamos também a inércia do Dr. Jaime Marta Soares, pelo cargo que ocupa e pelos valores que representa.
Temos total abertura para ações coletivas e corporativas que visem a proteção da liberdade de expressão e da liberdade de imprensa, as quais temos presentes nos nossos critérios editoriais. Estamos também alinhados na causa dos colegas de profissão em ações que promovam a pacificação e que, ao mesmo tempo, permitam continuar a manter os nossos leitores informados daquilo que procuram. Estamos ainda disponíveis para ações que visem um lado pedagógico e saudável.
Em todo o caso, parece-nos que há aspetos que temos de realçar. Numa realidade cada vez mais frenética e onde a imediaticidade assume uma grande dimensão nos critérios globais desta área, há muito que procuramos enveredar para a vertente futebolística, abandonando o triste espetáculo mediático a que se tem assistido nos diversos quadrantes. Seja o clube A, B ou C. Não somos os únicos e é bom dizê-lo: basta observar a linha do jornal online MaisFutebol, da rádio Antena 1 ou da Tribuna Expresso (entre outros) para se perceber que o palco é dado a quem o justifica.
Basicamente, não precisaremos de tomar medidas como: boicotar posts de dirigentes, tweets de gabinetes de comunicação ou mesmo discurso de viva voz de presidentes quando o assunto extravasa a esfera futebolística. E porquê? Porque há muito que isso não cabe na nossa linha editorial e quem nos segue apercebe-se disso. SEJA QUE CLUBE FOR. Temos total compreensão para quem nisso vir conteúdo noticioso, só que a nossa decisão tem sido a de enveredar por uma linha que não dá ênfase em demasia aos bastidores.
Tem sido assim ao longo do tempo, de forma crescente e a procurar uma maior equidade entre os clubes. Quem nos acompanha, sejam leitores, jornalistas, pessoas ligadas a clubes, assessores e diretores de comunicação, sabem o que temos procurado. Com uma certeza: as nossas pageviews não têm caído por esta linha editorial ter sido adotada.
Podemos dizer, com todo o orgulho e prazer, que fazemos parte de um projeto construído de raíz pelas pessoas que ainda hoje o dirigem e que NUNCA fomos pressionados, demovidos ou recomendados ao que quer que fosse internamente. Portanto, não é de fora que nos chega qualquer pressão.
Temos uma particularidade: trabalhamos muito com números e estatísticas, um lado factual e que é quase sempre indesmentível. Faz parte da nossa matriz e transportamo-lo para todas as nossas ações.
Terminamos com uma garantia: temos excelente relação com todos os clubes, onde são muito, mas muito mais as boas pessoas do que as menos boas. O Sporting é, sem dúvida alguma, um dos clubes onde estão muitas boas. O Tondela também, o Rio Ave igualmente, o Portimonense sem dúvida, o FC Porto com toda a certeza, o Boavista de forma cabal, o Marítimo, o Desportivo das Aves, o Benfica, o Chaves, etc, etc.