Com a lesão de André Azevedo, sofrida no último sábado, por ter sido atingido por uma bola, voltou aos meandros do Hóquei em Patins a questão de todos os jogadores usarem ou não máscaras de proteção.
O avançado da Juventude Viana foi operado a um olho, devido a uma fratura do osso malar, no jogo contra o Paço de Arcos, e tem a época em risco. Este é só mais um dos muitos casos de lesões semelhantes nesta modalidade...
Contactado pelo jornal OJogo, Fernando Graça, membro do comité de hóquei em patins da World Skate, afirmou que a organização mundial da modalidade «proíbe a utilização universal de capacetes e proteções faciais, admitindo apenas, em casos especiais e mediante relatório médico, máscaras que têm de ser aprovadas pelas autoridades organizadoras dos campeonatos e são analisadas caso a caso», tendo já proibido a medida em Espanha e Itália.
Esta versão de Fernando Graça foi confirmada por Paulo Rodrigues, vice presidente da Federação Portuguesa de Patinagem, que admite até que a «taxa de acidentes é baixa».
«Face ao número de jogos e atletas, a taxa de acidentes é baixa. Uma eventual medida [proteção universal] tem de ser, contudo, despoletada pela Federação Internacional em assembleia geral», acrescentou.
Porém, esta medida, que já foi recusada em diferentes países, seria bem-vinda, segundo afirma Renato Garrido, treinador de André Azevedo na Juventude de Viana. Mesmo ciente do incómodo que a máscara traria aos jogadores...
«As máscaras, desde que sejam bem pensadas e estudadas e melhorem a segurança, são bem-vindas. Se as usarem desde pequenos, os jogadores adaptam-se e no futuro terão mais facilidade», refletiu.