O Sporting de Braga ficou este sábado mais distante do pódio da Liga NOS depois de perder diante do Benfica, por 1x3. Abel Ferreira, no final do encontro, fez uma abordagem profunda à partida e culpou os «erros não forçados» pela derrota diante dos encarnados.
«É a nossa matriz, acreditamos sempre até ao fim. Foi um bom espetáculo, muito repartido. O jogo resumiu-se na qualidade do passe entre uma e outra equipa. O primeiro golo surge de um lançamento a nosso favor, mesmo depois de sofrer o golo tivemos duas oportunidades, uma do Ricardo Horta que era só empurrar. Na minha opinião, tendo em conta a qualidade do nosso adversário, para mim teve a ver única e exclusivamente com isso. Costumamos dizer no basquetebol que são os turnovers, mas não podemos fazer erros não forçados. Foi por aí que existiu essa diferença hoje», contou.
O treinador bracarense reforçou a ideia e explicou qual era a estratégia da sua equipa para bater os encarnados.
«Nós temos um adversário que está a defender com a linha defensiva no meio-campo, fortíssimos nas pressões frontais. O que estava estabelecido era conseguirmos entrar pelos corredores ou então em variações, que conseguimos fazer uma ou duas. Não fomos capazes de o conseguir fazer, as que fizemos teríamos de fazer mais vezes. Sabíamos que o adversário nos ia pressionar, os três golos que o Benfica fez foi em transição. Para mim a diferença no jogo esteve na qualidade no passe e no erro técnico», reafirmou.
Questionado sobre as substituições, Abel falou em Fábio Martins e na diferença entre jogar no Sporting de Braga ou no Real Madrid.
«Nós temos de perceber que vínhamos com o Fábio em grande momento de forma, questionei o Fábio, ao intervalo, para saber onde estava o Fábio do último jogo. Disse aos jogadores que a diferença entre estar no Braga, Sporting, Benfica, Porto ou Real Madrid tem a ver com questões mentais e eu manter a minha atitude seja contra quem for. A diferença entre um jogador de uma equipa normal e top é o aspeto mental. Coloquei esse desafio aos meus jogadores, o maior desafio residia dentro de nós. Conhecendo a valia do nosso adversário, a força do nosso adversário. Mas vou acabar como comecei: este jogo definiu-se na qualidade do passe contra uma equipa com muita qualidade individual. Basta ver a qualidade do último cruzamento e a finalização do Raúl», disse.
Depois deste desaire, nada se altera nos objetivos da equipa minhota.
«Não fica mais difícil, fica a consciência de que o caminho é duro. Sabemos onde estamos, para onde queremos ir, o caminho que temos de percorrer. Ficou vincada a nossa personalidade, perante um adversário com recursos diferentes. O nosso desafio é esse, é procurar com outros recursos mantermo-nos o mais próximos possíveis. Eu disse que acontecesse o que acontecesse mantemos os mesmos objetivos: lutar pelos quatro primeiros lugares», finalizou.
1-3 | ||
Paulinho 74' | Toto Salvio 11' Jonas 64' Raúl Jiménez 90' |