O presidente da FPF concedeu esta terça-feira uma entrevista ao jornal A Bola, na qual se mostrou contra a postura adotada pelo grupo G-15, criado pelos clubes da Liga NOS, à exceção de Benfica, FC Porto e Sporting, que não têm sido convidados para as reuniões do mesmo.
«Esse movimento, ou qualquer outro movimento, tem de ser inclusivo e não exclusivo. Porque a luta pela defesa dos interesses do futebol é uma luta global, não do A, B ou C e não deste grupo excluindo o A, o B ou o C. Do meu ponto de vista, independentemente do início do movimento ter sido gerado dessa forma, não me parece objetivamente adequado que assim continue. E num determinado momento tem de ser um movimento global, que englobe todos os agentes da modalidade, de uma forma generalizada. (...) Não me parece que tenha condições para gerar desenvolvimento segregando quem quer que seja», referiu o dirigente.
Fernando Gomes foi também recordado das declarações que proferiu há um ano, quando disse que era necessário um espaço maior para os clubes pequenos, até por uma questão de ranking UEFA, o que manteve.
Para o presidente da FPF, ações de desenvolvimento da indústria são de salutar, mas sem exclusões de clubes: «Não podemos esquecer a nossa realidade, são três os clubes que reúnem a maioria dos adeptos, e portanto todo e qualquer movimento de discussão sobre o futebol português tem de ser feito com todos. Continuo a ter a mesma opinião, os clubes pequenos/médios têm de ter o seu espaço de progressão para melhorar a competitividade interna e dessa forma sermos mais competitivos em termos europeus», sublinhou.