O Benfica curou a eliminação da Taça de Portugal com uma robusta vitória em Tondela, num jogo em que a superioridade encarnada teve como maior aliado a eficácia, que tanta falta tinha feito em Vila do Conde. A tarefa foi cumprida num jogo em que Pizzi encheu o campo - e que diferente é a equipa quando o 21 está num dia bom...
Assistir aos primeiros 15 minutos e depois ver o resultado ao intervalo era de uma desconexão gritante. Mas teve fundamento. O complicado - jogo intenso, aéreo, sem um dominador claro e com pouca definição - tornou-se muito mais simples a partir do momento em que os encarnados perceberam a fraca capacidade tondelenses nas laterais defensivas.
Daquele lado surgiria a construção do segundo, com Pizzi (que diferença faz quando joga bem...) a abrir em Grimaldo e este a cruzar para Salvio faturar. Uma vantagem que, de repente, à conta da eficácia encarnada - ao contrário de Vila do Conde -, conferia outra tranquilidade.
O Tondela, órfão do seu pensador Pedro Nuno, continuava às aranhas no meio-campo, quer no momento defensivo, quer na hora de construir. Hélder Tavares, Bruno Monteiro e Claude Gonçalves não conseguiam solicitar o trio da frente em boas condições e, portanto, não havia perigo para Bruno Varela.
Só o houve na segunda parte, se bem que já com o terceiro das águias a contar desde os descontos - um belo golo de Pizzi, por sinal.
Foi um Tondela no seu melhor período o que voltou para o segundo tempo. A aproveitar alguma apatia do conjunto encarnado, a equipa de Pepa apareceu com novas soluções (Heliardo foi para junto de Tomané alargar o ataque) e explorou duas vezes o lado de Grimaldo, mas Bruno Varela esteve à altura.
Deu, até, para poupar Fejsa a um possível segundo amarelo, que o tiraria do dérbi. Sim, é que o próximo jogo para o campeonato, que é só em 2018, é na Luz contra o Sporting.