O FC Porto cumpriu a sua missão frente a um Mónaco desfalcado e superou com distinção um grupo que não se afigurava nada fácil para ser o representante português nas 16 melhores equipas da prova. Num jogo onde brotaram os golos, a equipa de Sérgio Conceição fez quase tudo bem e só Felipe pode vir a ser um dissabor.
Não havia como falhar. Apesar do contratempo no aquecimento, com a lesão de um Otávio que estava para ser a surpresa no onze, mas que cedeu o lugar a André André, o FC Porto tinha tudo a favor: dependia de si, a equipa estava praticamente na máxima força, o Dragão estava composto e o Mónaco estava claramente com escolhas que pensavam no campeonato.
Com mais capacidade para ter bola a meio e com boa ação nas alas a anular o ponto mais forte dos monegascos, os dragões embalaram para os golos, ainda que tenham arriscado um pouco com a bola - a certa altura, a equipa parecia confiante em demasia e permitiu alguns roubos de bola que podiam ter sido comprometedores.
Só que o segundo golo, que teve tanto de tranquilidade como de qualidade, trouxe à equipa precisamente esses ingredientes, agudizados pelo 3x0 de Brahimi, a fechar a primeira parte, já numa altura em que as duas equipas tinham tido um expulso - Ghezzal começou, Felipe respondeu e o árbitro deu vermelho a ambos.
Sérgio Conceição corrigiu a ausência de um central ainda na primeira parte, introduzindo Reyes e tirando André André (depois da sorte, o azar). Leonardo Jardim optou por manter os mesmos.
Com o intervalo, os portistas espalharam-se mais pelo campo, continuando a pretender ter bola e gerir assim um jogo que até podia ter uma nova emoção com o penálti convertido por Glik, mas que se sentenciou a seguir, com um excelente pontapé cruzado de Alex Telles.
O avançado, que está claramente com o faro apuradíssimo, trabalhou desde logo para encontrar um golo que procurou com insistências. Pedido de desculpas, outra ovação e o placar mais colorido, à espera do apito final, que não chegaria sem mais um: Soares voltou a sorrir.