Incontestável. O Benfica venceu confortavelmente na receção ao Vitória de Setúbal (6x0) e aproximou-se do líder do Campeonato português, uma semana antes de visitar o Dragão. A equipa de Rui Vitória saiu para o intervalo a vencer por 2x0 e aproveitou da melhor maneira a superioridade numérica, por força da expulsão de Nuno Pinto, para dilatar a vantagem no segundo tempo.
O encontro com o Vitória de Setúbal, o segundo no espaço de oito dias, assumia especial importância para o Benfica, uma vez que o deslize do rival FC Porto na Vila das Aves (1x1) permitia à equipa de Rui Vitória encurtar distâncias para o líder do Campeonato.
🇧🇷Luisão não marcava há mais de um ano. O seu último ⚽️golo tinha sido em outubro 2016, frente ao 1.º de Dezembro, na 🇵🇹Taça de Portugal pic.twitter.com/q01DyZqeM8
— playmakerstats (@playmaker_PT) 26 de novembro de 2017
Novamente em 4x3x3, fórmula que derrotou os sadinos na Taça de Portugal (2x0), as águias entraram dominadoras e chegaram à vantagem logo nos primeiros minutos, na sequência de um lance de bola parada. Jardel subiu ao terceiro andar para assistir o capitão Luisão, que colocou o Benfica em vantagem.
O Vitória sadino ainda conseguiu esboçar uma pequena reação, perante alguma desorganização tática da equipa da casa, muito presa nos movimentos, e só não chegou ao empate porque André Almeida evitou que o remate de Gonçalo Paciência, após boa arrancada de Costinha pelo flanco direito, chegasse à baliza a guarda de Bruno Varela.
As dificuldades na construção, também causadas pela boa organização do xadrez de Couceiro, foram impedindo uma saída criteriosa dos encarnados pelo centro do terreno, mas não impossibilitaram alguns rasgos pelos corredores, onde Arnold e Nuno Pinto – viria a ser expulso aos 45+1, por acumulação de amarelos - foram chamados várias vezes à ação.
Sem conseguir penetrar o último terço do terreno do adversário através de bola corrida, o Benfica aproveitou da melhor forma os lances de bola parada. Cristiano Figueiredo ainda evitou o golo de Jardel na sequência de um canto de Grimaldo, com uma grande estirada, mas foi impotente para negar o 100.º golo de Jonas ao serviço do Benfica, após… canto de Pizzi.
A expulsão de Nuno Pinto, em cima do intervalo, complicou a missão do emblema do Bonfim. A desvantagem de dois golos já era difícil de anular em igualdade numérica e tornou-se tudo ainda mais difícil com a entrada forte do Benfica na segunda parte.
Melhor ataque Liga 2017/18
32 ⚽️FC Porto
29 ⚽️Benfica⬆️
26 ⚽️Sporting
22 ⚽️Portimonense pic.twitter.com/9tUNdmq5QM
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Salvio dilatou o resultado aos 47 minutos, assistido por Pizzi, que viria a protagonizar um dos lances mais polémicos de todo o encontro. Um dos assistentes do árbitro Luís Godinho entendeu que o camisola 21 estava em posição irregular, aos 63 minutos, mas o internacional português estava efetivamente em jogo.
O lance resultou em golo, mas o árbitro apitou antes de Jonas colocar a bola no fundo das redes de Cristiano e o VAR não pôde atuar com essa decisão do juiz principal. O Benfica não tirou o pé do acelerador e no espaço de dois minutos apontou mais dois golos.
Jonas e André Almeida aproveitaram o desnorte defensivo do conjunto sadino para dar contornos de goleada ao resultado, que só não voltou a sofrer alterações pouco depois porque Seferovic não deu o melhor seguimento a uma arrancada espantosa de Zivkovic pela asa esquerda.
O extremo sérvio entrou muito bem na partida, aproveitando da melhor forma a oportunidade concedida pelo treinador do Benfica, depois de alguns jogos entre o banco e a bancada. O camisola 17 fixou o resultado final, aos 87 minutos, com uma pequena ajuda de Cristiano, numa mostra inequívoca de força.
A uma semana do Clássico, o Benfica aproveita o deslize do FC Porto para reduzir a desvantagem para o rival. Os encarnados estão agora a três pontos dos azuis e brancos, que seguem isolados no primeiro lugar da Liga NOS.
Após uma primeira metade mais modesta, o Benfica protagonizou uma segunda parte de grande nível. É verdade que a expulsão de Nuno Pinto ajuda a justificar o resultado pesado a favor das águias, mas a atitude revigorada do conjunto de Vitória também ajudou (e muito!).