Os destaques do jogo nos Barreiros
Jonas e Salvio sabiam o que queriam, mas voltou a faltar o motor da equipa
Sabia como devia fazer
Um golaço a abrir e um punhado de momentos de bom futebol do brasileiro, claramente o elemento com mais cabeça para tentar inverter o cenário que os encarnados vivem atualmente. Foi o mais esclarecido da primeira parte, caiu um pouco na segunda, ainda que tal se possa explicar pela falta de clarividência de Pizzi nas suas costas. Saiu esgotado, se bem que tirar Jonas a precisar de ganhar nunca pareça ser uma solução sensata...Avançado
26 anos
Ricardo Valente
Impulsionou a reação
Na primeira parte já se tinha percebido que havia ali um nervo ativado para inverter um resultado negativo desde o início. O intervalo trouxe mais ideias e mais vontade, bem como mais bola para si, a explorar as debilidades encarnadas pelo lado de André Almeida. Foi ao lateral que o extremo fugiu para mergulhar de cabeça para o golo, que mereceu pelo que lutou, remou e batalhou desde então.Avançado
27 anos
Toto Salvio
Faltou o golo
O argentino foi a novidade no onze e mostrou que é aí que deve estar. Sempre abnegado, não se escondeu e deu a cara quando a equipa precisava, trabalhou muito do seu lado, tentou resolver individualmente o que a equipa não conseguia num coletivo que deixou de funcionar depois do empate. Dispôs de duas grandes ocasiões, nas quais teve mérito na criação, mas azar na finalização.Avançado
26 anos
Rodrigo Pinho
Pena a lesão
Se foi mero espectador no arranque do jogo, quis sair desse papel secundário e baixou para ir buscar a bola. Jardel e Luisão vigiaram-no de perto, mas não tiveram descanso e iam tendo um dissabor quando o brasileiro fugiu e disparou para grande defesa de Júlio César, antes do empate. Saiu com queixas físicas.Guarda Redes
38 anos
Júlio César
Evitou males maiores
Também aqui se espelha o equilíbrio de oportunidades. O brasileiro praticamente não teve trabalho na primeira parte, mas foi enorme na segunda a intervir em dois momentos: no tal remate de Rodrigo Pinho (57') e quando Éverton se isolou (81'), fazendo uma grande mancha que evitou um cenário ainda mais negro para as águias.Tem presença e não se esconde
Está a ser uma das boas surpresas deste Marítimo e justifica-o a cada jogo que passa. Foi um dos vigilantes de Jonas e começou com muitas dificuldades, mas foi dos que apareceu no jogo para reagir, construindo sem receios e anulando muitos ataques encarnados.Os bons também têm maus momentos...
E, neste caso, é um muito mau momento. O português bem quer, nota-se pelo nervo que coloca em campo, mas nada lhe sai bem. Passes falhados, divididas perdidas, várias bolas paradas mal cobradas espelham um forma muito inferior à que, na época passada, lhe valeu o título individual de melhor jogador da Liga. A paragem (e ausência da seleção) pode fazer-lhe bem.