Foi um FC Porto fulgurante o que se desenhou para jogar no Algarve. Sérgio Conceição tem testado várias opções de ataque e esta foi, de longe, a mais ofensiva, com Corona, Óliver e Brahimi a tratarem de toda a criação atrás de Aboubakar e Soares.
Podemos, antes de irmos aos golos, mas também à boleia disso, falar desta dupla: cada vez mais um dado adquirido que Sérgio Conceição vai optar por estes dois; cada vez mais uma certeza que, caso o aspeto mental esteja bem resolvido, a dupla tem tudo para ser demolidora.
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— FC Porto (@FCPorto) 27 de julho de 2017
Soares foi lá de cabeça, Aboubakar fez o mesmo a seguir e depois Brahimi aproveitou um passe do brasileiro para ir com o drible até ao golo. Em 22 minutos demolidores, o FC Porto resolveu tudo o que se prendia com o resultado e demonstrou grande capacidade e fulgor. A jogar assim, a equipa portista tem tudo para ter alegrias.
Também é importante olhar para um Portimonense que ainda está distante da harmonia coletiva necessária para a competição: uma defesa desconcentrada, um meio-campo macio e um ataque com talento, mas muito ainda por calibrar.
A meia hora frenética portista convidou depois a alguma veleidade e teve como consequência a reação do Portimonense, embrulhada num (bom) golo de Ewerton e pouco mais.
Foi um FC Porto explosivo na primeira parte, foi uma equipa mais pragmática na segunda.
Vítor Oliveira mexeu, Sérgio Conceição também, deixando Brahimi mais uns pozinhos, os suficientes para que o argelino fizesse mais um e depois saísse.
Perante tanta criatividade (e espaço), não estranharia que ainda aparecesse mais um. Assim foi, num grande passe de Herrera para Hernâni, que fechou com chave de ouro um jogo que deixou água na boca dos adeptos portistas (e preocupação nos algarvios, claro).