Foi um Sporting naturalmente superior aquele que se impôs na deslocação ao Bonfim. Na quinta vitória consecutiva, Jorge Jesus pôde ver a sua equipa com uma boa postura exibicional e, ao mesmo tempo, sem ser obrigada a grandes esforços frente a um Vitória de Setúbal com vontade, mas também com pecados capitais.
Isso motivou os adeptos, que têm gostado do futebol desta época, e enervou o Sporting em alguns momentos, nomeadamente nas laterais, onde João Carvalho e João Amaral foram incomodativos - Marvin, muito explorado, haveria de ver amarelo que o tira do clássico.
O extremo, o melhor nesse período, regressou ao onze depois de falhar o encontro com o Boavista e foi igual a si mesmo: um desequilibrador nato. Ora, com Bruno César do outro lado em notório crescendo, o Sporting fazia dos corredores os locais próprios para fazer a diferença. A isso junta-se um Vitória com Mikel muito preocupado com Alan Ruiz e a perder-se nas compensações para explicar o ascendente leonino.
Até se podia achar que a reação sadina aparecesse na segunda parte. Antes disso, porém, o Sporting foi astuto a resolver a questão. Com William Carvalho em bom plano a ganhar o miolo, a equipa viveu o seu melhor período no primeiro quarto de hora após o intervalo.
Falhou dois lances, mas o golo parecia estar prometido e seria numa bola parada que aconteceria, precisamente com o médio a aceitar a excelente precisão de Bruno César.
José Couceiro não fugiu da matriz. Nas substituições, fez trocas puras e procurou jogadores virtuosos. Só que as diferenças individuais para com o adversário eram algumas e as motivacionais eram muitas.