Missão cumprida. O Sporting tirou proveito do empate no clássico e a sete jornadas do desenlace da Liga NOS aproximou-se de Benfica e FC Porto, ainda que os oito e sete pontos, respetivamente, continuam a constituir uma «montanha» difícil de escalar no remoto sonho do título.
A equipa de Jorge Jesus soube ser adulta em Arouca e respondeu ainda em tempo útil ao golo madrugador de Mateus. A reviravolta (2x1) consumou-se ainda dentro dos primeiros 45 minutos como consequência de uma superioridade natural por parte dos leões.
Passividade gerou reação
Leão não perde há sete jogos
Com o triunfo em Arouca, o Sporting elevou para sete o número de jogos sem perder. A última derrota data do dia 4 de fevereiro, no Dragão, frente ao FC Porto, por 2x1.
Com Bruno César de regresso à equipa - tinha sido suplente na receção ao Nacional -, o Sporting deu de avanço ao Arouca, que estreou o terceiro treinador da temporada - Jorge Leitão. O golo de Mateus (9'), na primeira e única aproximação dos arouquenses no primeiro tempo, deu-se sobretudo porque o leão foi mole e passivo. Vítor Costa teve tempo e espaço para cruzar e Zeegelaar abordou o duelo áero com o angolano de forma macia.
À pior forma de entrar no jogo, o Sporting respondeu com uma reação controlada mas efetiva. Aproveitando o facto de o Arouca defender baixo, Bryan Ruiz foi tomando conta da construção. Mas foi nas alas - e sobretudo em Alan Ruiz - que esteve muito do oxigénio leonino. O argentino é cada vez mais o parceiro perfeito para Bas Dost, tendo chamado a si o protagonismo em Arouca.
Arouca perde há sete jogos
Jorge Leitão estreou-se com uma derrota no comando técnico do Arouca, que perdeu os últimos sete encontros que disputou.
Entre o golo de Mateus e o início da reviravolta, foram quatro as aproximações do Sporting à baliza de Bolat. O guardião turco emprestado pelo FC Porto foi travando o que conseguiu nesses momentos, mas não se conseguiu opor ao remate de Alan Ruiz, aos 34 minutos. Gelson ganhou a bola áerea a Vítor Costa na direita e o avançado argentino fez o resto, com um remate rasteiro que redundou no empate.
Consequência natural de um leão melhor e mais forte, que dois minutos depois fechou a remontada. Novo duelo nas linhas, agora com Zeegelaar a ganhar a Anderson Luís e a servir Bruno César, que com a dose certa de fortuna viu o seu remate desviado entrar na baliza de Bolat.
Emoção ficou toda na primeira parte...
Pouco público e «recados» para Carlos Pinho
O encontro desta tarde contou com cerca de 3 mil adeptos nas bancadas. O elevado preço dos bilhetes para o setor visitante foi tema de polémica e de «recados» por parte das claques leoninas ao presidente do Arouca.
Há jogos que dispensavam segundas partes, e este foi um deles. Depois dos três golos com direito a reviravolta, pouco ou nada de relevante sucedeu depois do intervalo. O Sporting, com o resultado do seu lado, passou da audácia à cautela, preocupado em evitar dissabores como aquele aos nove minutos.
Já o Arouca, movido pela vontade de fazer uma gracinha, tentou forçar o que conseguiu, que foi pouco para resgatar pontos ao leão. A equipa da casa aumentou a intensidade no quarto de hora final, mas Rui Patrício nunca se viu em real perigo.