O FC Porto brinda a liderança da Liga NOS (pelo menos até domingo) num jogo que esteve mais difícil do que o que o resultado diz, mas no qual a equipa de Nuno pôde conseguir o objetivo principal fazendo gestão. Soares foi a figura de um encontro que teve polémica à mistura e do qual os beirões saem sem repetir a gracinha da época passada.
Mesmo que ao intervalo o jogo já estivesse muito bem encaminhado para os dragões, longe estariam os adeptos de imaginar que a primeira parte fosse um caso tão bicudo. Mas foi, por vários motivos: mudanças, precipitações, o mérito coletivo do adversário e Cláudio Ramos.
Ressentiu-se porque se mostrou demasiadamente vertical e objetiva quando tinha intervenientes que sugeriam um futebol mais apoiado que o habitual. A várias precipitações ofensivas no passe juntaram-se algumas hesitações defensivas muito bem aproveitadas pelo adversário.
Houve enorme mérito do Tondela no encontro, até ao momento da expulsão. Pressionante, a equipa de Pepa leu muito bem a ausência de Danilo e pressionou mais alto, dando menos espaço para o miolo portista pensar e estando mais disponível para ganhar (muitas!) segundas bolas.
Só que, num ápice, aquilo que já se previa ser uma tarefa complicada passou a ser muito mais simples. Soares foi sábio a ganhar a grande penalidade e logo depois a expulsão de Osorio (que se pode queixar de rigor a mais do árbitro) e permitiu que os dragões fossem para o intervalo muito mais desafogados de problemas.
A ele juntar-se-ia mais tarde Soares, com o golo da praxe numa equipa já completamente relaxada - mas não descansada - com o jogo, pensando em poupar com vista a quarta-feira e à Liga dos Campeões. Um terceiro golo que quebrou completamente as ténues esperanças dos beirões, que recuaram no terreno e permitiram um futebol mais rendilhado e apoiado dos portistas.
Assim surgiria, já a fechar a loja, o tiro de Diogo Jota para o quarto.