Mais um jogo, mais um nulo. Mais um jogo, mas uma exibição segura atrás e sem brilhantismo na frente. O FC Porto voltou a mostrar pouco, novamente contra o Belenenses, e entrou no grupo B da Taça da Liga com um empate, o quarto seguido sem golos e os lenços brancos começam a ser mais visíveis.
Com muitas mexidas (Varela, Depoitre, Brahimi etc), Nuno Espírito Santo voltou a ter uma equipa sem chama.
Evandro jogava a 10 no FC Porto, com as costas protegidas por André André e por Rúben Neves. O problema é que este triangulo não se entendeu uma única vez e, a jogar com Depoitre na frente não fica fácil a missão de construir. O avançado belga é um corpo estranho na equipa portista e, mesmo quando quer ser participativo, não consegue. Ainda obrigou Ventura a uma defesa apertada, de cabeça, após um pontapé de canto, mas mais nada.
Os adeptos portistas só tiveram motivos para se exaltar através do árbitro. Primeiro ao anular um golo muito duvidoso a Felipe e depois ao expulsar (bem) Benny Dias, após uma entrada muito dura sobre Rúben Neves.
Ainda assim, era pouco o que o FC Porto fazia em campo e por isso Nuno Espírito Santo decidiu abdicar do defesa direito para colocar mais gente na frente. Só que ter muita gente não significa jogar bem e criar oportunidades. A equipa ainda melhorou com a entrada de João Carlos Teixeira para a direita, mas não é aquela a posição do jovem médio.
Terminou com mais um nulo e, mesmo sendo na Taça da Liga as coisas começam a ficar muito preocupantes. Não foi aqui que Nuno Espírito Santo ganhou o seu balão de oxigénio e no horizonte já estão os importantes jogos com o Braga e com o Leicester.