O Sporting voltou a perder um encontro de preparação, desta vez contra o Zenit, numa partida essencialmente marcada pelo início louco (e desastrado, do ponto de vista verde e branco), que determinou o vencedor do desafio. Se Jorge Jesus ficou com mais dados para corrigir na defesa, no ataque viram-se novos sinais positivos, especialmente de Gelson, enquanto este teve pedalada.
Foram 17 minutos loucos e nem por isso positivos para os olhos de Jorge Jesus. Se, diante do Monaco, havia a desculpa de ser o primeiro jogo da pré-época, agora já havia um pouco mais de expectativa por parte dos adeptos (grande afluência dos sportinguistas) para verem evolução na sua equipa. Defensivamente, nada disso.
Jorge Jesus tinha lançado o seu quarteto de eleição do final de época (Schelotto, Coates, Semedo e Marvin) frente ao Monaco, rodou contra o Nyon e tornou a apresentá-lo desta vez. Só que os erros continuaram a verificar-se na mesma medida: muito espaço nas laterais e total descoordenação e apatia na zona central.
Viu-se isso nos golos e também em mais um ou outro apontamento que demonstram que Rúben Semedo, Schelotto e Marvin precisam de muitas melhorias. Coates foi o menos mau e Azbe Jug reforçou a ideia de que talvez ir ao mercado em busca de um guardião não seja nada má ideia.
Safaram-se outros, os da frente. Pois, se sofrer três golos em 17 minutos é sinal de alarme, marcar dois na primeira parte não é nada mau. Gelson foi o melhor e isso foi consensual. Mas voltaram a ver-se pormenores interessantes de Alan Ruiz (claramente reforço), uma melhor perceção das ideias de Jesus por parte de Barcos (só lhe faltam os golos) e um Bruno César aceitável na esquerda.
A equipa, depois de meia hora às aranhas, melhorou para o último quarto de hora do primeiro tempo, com os laterais mais envolvidos no ataque, apanhando desprevenida uma equipa russa que estava tão confortável que nem Shatov, nem Zhirkov desciam para ajudar a defender.
O 3x2, da autoria de Gelson, deixou um pouco mais de emoção para uma segunda parte onde o ritmo cairía, mas na qual se voltariam a retirar notas relevantes.
Iuri Medeiros voltou a entrar com vontade, mas sem a melhor performance, substituindo um Gelson Martins que desapareceu no segundo tempo, e Palhinha mostrou estar mais ritmado do que Petrovic. Só tardou a mexer na defesa, o que deu em mais um golo do Zenit, depois de nova apatia do lado esquerdo (Marvin precisa mesmo de ganhar fibra).
Ao fim de três jogos, nove golos sofridos pelos leões não deixam margem para dúvidas: é por aí que Jorge Jesus tem que começar a trabalhar. Algo que, em boa verdade, nem é uma novidade para o treinador.