Penáltis, postes, golos anulados, lamentos. Portugal foi melhor, foi muito melhor, mas foi igual à Áustria no que conta: golos. Dois pontos em dois jogos, um golo apenas e a corda na garganta para o derradeiro jogo.
Portugal não demorou muito a mandar no jogo. Era assim que tinha que ser. Com um Moutinho um pouco melhor que no primeiro jogo, com um André Gomes em forma e com um William mais sereno com a bola no pé, a segurança em posse subiu. Depois, em vez de dois, havia três homens capazes de assumir a despesa na frente, o que é, evidentemente, um acrescento de soluções.
Os austríacos também tiveram os seus momentos de subida à área adversária, mas não fizeram valer a maior estatura (numa das ocasiões valeu um grande corte de Vieirinha). Em tudo o resto, Portugal era melhor. Só que os golos, esses que decidem jogos, não apareciam. Nani podia ter marcado nas duas melhores ocasiões, só que o poste e Almer evitaram-no.
Mudança na tendência de jogo depois do intervalo? Zero. Portugal continuou bastante acima no jogo, diante de uma Áustria que sempre pareceu muito contente com o empate - a classificação não sugeria isso, mas...
Ronaldo apareceu, com duas excelentes abordagens à baliza (uma de cabeça, outra com o pé), só que Almer ganhou ambos os duelos. Apareceria um terceiro, e nesse o português tinha situação privilegiada: grande penalidade. O austríaco foi enganado, só que... Ronaldo também. Bola ao poste.
Parece que está escrito: com grupos acessíveis, Portugal tem a tendência para lhe dar outro toque de dificuldade. Agora, venha de lá essa calculadora. Até porque ficar em segundo lugar pode nem ser pior. Mas convém ganhar à Hungria...