O Vitória derrotou o FC Porto por uma bola a zero. Um golo madrugador, na sequência de um erro de Casillas, foi fatal para os portistas, que estão agora mais longe da liderança. Os vimaranenses fizeram um jogo competente e somaram os três pontos.
A equipa da casa entrou forte e não demorou a abrir o marcador, quando o relógio ainda nem tinha marcado cinco minutos. Bouba Saré, com um remate à meia-volta, atirou a contar, depois de Casillas não ter segurado um primeiro pontapé de Cafú, que ainda bateu num jogador vitoriano.
Ato de contrição de Casillas
O espanhol mostrou algum nervosismo no duelo de Guimarães, sobretudo no primeiro tempo. No regresso para o segundo tempo, dirigiu-se aos adeptos portistas, que estavam num dos topos, e ergueu as mãos em jeito de pedido de perdão.
A perder, os portistas reagiram bem ao golo, pegaram no jogo e procuraram fazer ataque continuado, situação que era aproveitada pelo Vitória para, quando recuperava a bola, sair em contra-ataque rápido. Os vimaranenses dificultavam o processo de construção azul e branca, sobretudo nos últimos metros, e a equipa de Rui Barros - sempre em busca de Brahimi e Corona, que não estavam muito criativos - tinha dificuldades para concretizar.
Atacar muito mas com pouca dinâmica
Na lógica da quantidade e da qualidade, o FC Porto atacava mais, o Vitória atacava melhor. Os vimaranenses apostavam muito no jogo exterior e em cruzamentos frequentes para a área, ao passo que os dragões tentavam de várias formas e feitios mas Miguel Silva (o Pequeno Buffon de Guimarães) ia respondendo com categoria e fechando os caminhos para a sua baliza.

Durante o jogo viu-se frequentemente André André a incentivar os companheiros, pedindo raça e atitude. ©Global Imagens / Miguel Angelo Pereira
Depois do descanso, o FC Porto pressionou o Vitória e montou um cerco às redes de Miguel Silva. Brahimi passou a jogar mais no meio, nas costas de Aboubakar, e viu-se um Layún mais ofensivo. Mas as várias iniciativas portistas esbarravam sempre na concentração do jovem guarda-redes dos vimaranenses. Sérgio Conceição reforçou o seu meio-campo, colocando Phete ao lado de Bouba Saré e Cafú e pedindo a Ricardo Valente para ajudar a fechar mais nos corredores. O Vitória abdicou do ataque e colocou muitas unidades atrás.
O FC Porto, pouco lúcido, ia tendo pouca dinâmica mas fazia o que lhe competia: atacar, atacar, atacar. O Vitória dava todo o espaço até ao último terço e depois defendia com duas linhas bem vincadas. Para tentar desbloquear a situação, Rui Barros colocou o dragão a jogar em 4x4x2, com André Silva ao lado de Aboubakar.
Na luta pelo título, o dragão caiu no berço da nação e complicou as contas, não aproveitando o deslize do Sporting e tendo sido ultrapassado pelo Benfica.