Num jogo que se distanciou 21 horas entre o apito inicial e o final, os dragões conseguiram segurar uma vantagem conseguida ainda antes de o nevoeiro atacar na Choupana. Um FC Porto mais cauteloso prevaleceu frente a um Nacional que sai com queixas da arbitragem.
Início alucinante com foco nas bolas paradas. Foram assim os primeiros 15 minutos na Choupana e que valeram três golos. Aos seis minutos, Ivan Marcano ganhou na antecipação a Soares e de pé esquerdo desviou para a vantagem portista.
Começava elétrico e intenso o duelo na Madeira, com os dragões a regressarem à vantagem no marcador aos 14 minutos. Jesús Corona toca para Herrera que atira para defesa incompleta de Rui Silva; no sítio certo, Brahimi só teve de encostar.
Depois, a coisa acalmou. O cariz do jogo manteve-se intenso e disputado mas com menos aproximações às balizas. Julen Lopetegui, que recuperou a equipa-tipo com Danilo, Herrera e Rúben Neves no meio-campo, teve de mexer nesse trio, aos 27 minutos. Danilo, lesionado, cedeu o lugar a Imbula e o FC Porto mudou, necessariamente.
No vaivém atmosférico, a Choupana regressou com nevoeiro do intervalo e com um Nacional disposto a evitar a derrota. A equipa de Manuel Machado, com um trio muito móvel na frente (Salvador Agra, Soares e Willyan), explorou as alas e forçou Lopetegui a mudar. Saiu Layún e passou Indi para a esquerda.
E aos 47 minutos fica uma grande penalidade por assinalar a favor dos madeirenses. Ivan Marcano corta a bola com o braço, mas Jorge Sousa não assinalou a infração. Depois, o nevoeiro intensificou-se e o jogo deixou, literalmente, de se ver, forçando Jorge Sousa a interrompê-lo por volta do minuto 67.
Das 16h45 de domingo às 12h30 de segunda, foi muita a distância temporal, mas pouca a diferença na tendência de um jogo que voltou a ter o Nacional a igualar o adversário, numa estranha corrida contra um tempo muito curto.
Mesmo assim, foi uma fase bastante interessante por parte da equipa de Manuel Machado, que ainda se poderá queixar de nova grande penalidade feita por Marcano, isto num período em que os dragões quase só quiseram congelar - Lopetegui, que tirou Brahimi e meteu Evandro, não se livrou de uma assobiadela.