O Benfica acusou mais a tensão, perdeu muitas bolas e sentiu mais dificuldades em campo. O Sporting teve mais critério, foi mais objetivo e os seus jogadores interpretaram melhor as ideias de Jesus. Triunfo dos leões por uma bola a zero e a Supertaça vai para Alvalade.
Por tudo o que estava subjacente a este encontro, sentia-se uma enorme tensão no ar, nas bancadas e até no relvado, tal como nos respetivos bancos de suplentes. Era necessário saber usar a cabeça.
Recolhida quando era preciso, a águia tentava manter as linhas próximas e circulava o seu jogo, com Samaris a ser o cérebro e o ponto de equilíbrio. Coeso atrás, com Lisandro muito concentrado (ao contrário de Jardel), Fejsa ajudava a fechar os caminhos para as redes de Júlio César e nas compensações a Sílvio (defesa-esquerdo) e Nélson Semedo (defesa-direito). Mas o Benfica apresentava alguma falta de critério no passe e receção.
A intensidade dentro das quatro linhas era elevadíssima, o empenho não ficava atrás. Os adeptos agradeciam, as oportunidades de golo (de parte a parte) apareciam mas os golos não. Ao intervalo, um nulo.
O segundo tempo não mudou o figurino da partida: Sporting instalado no meio-campo ofensivo e um Benfica recuado. Os leões procuraram o golo e ele acabaria por chegar. Aos 53', Carrillo rematou forte e rasteiro, a bola tocou em Téo Gutiérrez e acabou por trair Júlio César.
#SLBxSCP: J. Jesus faz história: 1.º treinador a vencer a Supertaça por equipas diferentes em anos consecutivos. #playmaker
— playmaker stats (@playmakerstats) 9 agosto 2015
Com o golo, o jogo - que vinha sendo muito físico também, endureceu. O Benfica passou a ter mais iniciativa e procurou rondar as redes de Rui Patrício. À passagem da hora de jogo, Carrillo abalroou Nico Gaitán na área, o árbitro Jorge Sousa disse que não houve nada. Má decisão.
Mesmo com menos bola, o Sporting não deixava de manter em sentido a defesa encarnada. Rui Vitória pedia calma aos seus atletas e tentava mudar o rumo da situação. A entrada de Mitroglou, por exemplo, acabaria por não acrescentar "poder de fogo" ao ataque dos bicampeões nacionais, que viram o rival ficar com a Supertaça.