Portugal é incomparavelmente melhor que esta Dinamarca e Ronaldo mostrou, uma vez mais, que aparece nos grandes momentos. O gelo dos Vikings derreteu com um golo do Melhor Jogador do Mundo, nos descontos. Esta noite, na estreia de Fernando Santos como selecionador luso em jogos oficiais, Ronaldo e companhia conquistaram os três pontos. Portugal já não vencia em terras nórdicas desde 1977.
O Estádio Parken, em Copenhaga, preencheu-se com muitos adeptos dinamarqueses que tinham confiança para mais um duelo contra a equipa de Portugal.
No primeiro duelo oficial de Fernando Santos como selecionador nacional, Pepe e Ricardo Carvalho formaram dupla no eixo defensivo, enquanto que William Carvalho saltou para o meio-campo, ao lado de Moutinho e Tiago.
O ritmo não foi intenso nos primeiros minutos mas notou-se sempre um ligeiro ascendente da equipa das quinas. De resto, só nos últimos 15 minutos do primeiro tempo é que a Dinamarca criou perigo.
#Portugal vs Dinamarca: Patrício; Cédric, Pepe, R. Carvalho, Eliseu; W. Carvalho, Tiago, Moutinho; Danny, Nani y CR7 pic.twitter.com/rKxlHcT7OA
— Real Madrid (@realmadrid_gifs) 14 outubro 2014
Portugal, que desde 2000 não falha nenhuma fase final de grandes competições de seleção, sabia que se jogava uma cartada decisiva na Dinamarca, apesar de não ser um mata-mata.
Sempre com Cristiano Ronaldo em plano de evidência, o capitão português era, naturalmente, o homem mais vigiado pelos dinamarqueses mas era também por ele que Portugal conseguia criar perigo; ora com jogadas por si criadas, ora por conseguir arrastar a marcação de vários adversários e, por consequência, abrir espaço para entradas de Tiago e Moutinho em zona de finalização.
Já a Dinamarca, num futebol mais frio, procurava os lances de bola parada para criar perigo junto das redes de Rui Patrício ou com cruzamentos para a cabeça de Bendtner, tudo depois dos 30 minutos, altura em que a equipa da casa começou a subir no terreno de forma mais constante.
E a verdade é que a equipa de Morten Olsen fez "tremer" os postes de Rui Patrício, aos 34'. Krohn-Dehli, com um remate em jeito, atirou a bola ao poste esquerdo da baliza lusa. O guarda-redes português estava batido e ficaram aí evidentes algumas debilidades do setor defensivo da equipa das quinas.
Se na frente Ronaldo e companhia iam tendo bom entendimento, lá atrás, o despertar dos nórdicos no último quarto de hora quase dava em golo. Mas ambas as seleções foram empatadas a zero para os balneários.
A abordagem dos nórdicos no segundo tempo foi a mesma, apesar de uma alteração feita por Morten Olsen (entrada de Bech por troca com Vibe). Do lado luso, a diferença esteve na forma mais atrevida com que Eliseu que arriscou várias descidas pelo corredor esquerdo.
Com Ronaldo, pois claro, a carregar a equipa para a frente, a seleção portuguesa podia ter marcado, aos 51 minutos. Danny isolou o capitão luso mas CR7 viu o guarda-redes dinamarquês fazer a "mancha" e negar-lhe o golo.
Com o avançar dos minutos, o meio-campo de Portugal começava a mostrar dificuldades em recuperar a bola e Fernando Santos lançou em campo João Mário, retirando Nani.
Mas a seleção portuguesa não conseguia agarrar o jogo e a Dinamarca ia crescendo. Pior que isso, a equipa das quinas não tinha bola no meio-campo nórdico. Nesse sentido, Fernando Santos retirou Danny e colocou em campo Éder para ter um avançado mais fixo na área e tentar explorar uma maior liberdade de Ronaldo.
Ainda assim, não havia intensidade no futebol luso. Mesmo depois da chegada de Ricardo Quaresma (por troca com Tiago) a equipa das quinas, nos últimos minutos, não teve muita frescura para criar perigo.
Mas quem tem Cristiano Ronaldo tem a possibilidade de vencer qualquer jogo. Dito e feito. Aos 90+5', quando já todos faziam contas a um empate... Ronaldo marcou o golo da vitória. Excelente cruzamento de Ricardo Quaresma desde o lado direito e Cristiano Ronaldo, na área, subiu mais alto que o defesa e o guarda-redes e marcou o golo da vitória a Portugal.