Jon Walters e a pior exibição que o futebol inglês já viu

Todas as pessoas podem ter um dia mau no trabalho. Um daqueles que acabam num lamento, com a sensação de que não devia ter sequer saído de casa. Mas poucos são os que experienciam um dia tão desastroso que, depois de transmitido em direto por todo o Mundo, é para sempre lembrado como o pior.

Esse dia pertence ao passado de Jonathan. O sábado em que o avançado do Stoke City, mais conhecido como Jon Walters, marcou dois autogolos e ainda falhou uma grande penalidade, numa receção ao Chelsea que causa um tipo permanente de embaraço.

Lei de Murphy*

*«Tudo o que pode correr mal, irá correr mal»

O Chelsea não esperava facilidades no Brittania Stadium, nessa fatídica tarde de 12 de janeiro de 2013. Defrontaria o então nono classificado, mas a visita a Stoke-On-Trent acabou por ser bastante feliz. Quase cómica, até.

Tudo começou com César Azpilicueta. O lateral espanhol viveu mais de uma década no clube e chegou até capitão, mas na altura apenas começava a substituir o português Paulo Ferreira na sua última época de blue. O espanhol, então bem mais ofensivo, desequilibrou no corredor direito e lançou um cruzamento que Walters desviou de cabeça para o 0-1.

A primeira parte acabou assim e o intervalo não serviu para refrescar as ideias, já que o 0-2 chegou ao 63º minuto e exatamente da mesma forma. Livre cobrado por Juan Mata e cabeçada certeira do irlandês. Numa baliza diferente do primeiro golo, mas, ainda assim, na errada.

Walters era o marcador predefinido de grandes penalidades @Getty / Laurence Griffiths

Tony Pulis manteve o seu melhor avançado em campo, ainda na esperança de levar algo do jogo, mas com isso testou muito mais a Lei de Murphy do que a defesa do Chelsea.

Lampard e Hazard fizeram mais dois, para encerrar as contas. Depois John Terry entrou no jogo a tempo de ceder uma grande penalidade ao Stoke City. Jon Walters tinha um bom registo dessa marca e teria também uma oportunidade de redenção, exceto que... atirou à trave. Que dia!