", "mainEntityOfPage":{ "@type":"WebPage", "url" : "https://www.zerozero.pt/historia/euro-2020-i-bravo-i-italia-/12529", "name" : "Euro 2020: Bravo, Itália!", "datePublished":"2024-04-22 16:52:05", "description": "
Em celebração dos 60 anos da competição, foi decretado que a 16ª edição do Euro seria disputada em 11 nações anfitriãs em vez de apenas uma, num gesto que tinha romantismo como intenção, mas que acabou por gerar o caos num continente que ainda recuperava da pandemia, mesmo após o adiamento de um ano.
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Devido a esse adiamento, Portugal manteve o rótulo de campeão em título durante mais um ano, embora não tenha conseguido estar à altura do mesmo e tenha caído de forma desapontante. Como sempre, houve emoção e drama de sobra, num mês que acabou com a Itália a arrasar os corações ingleses em pleno Wembley Stadium.
Como é normal desde a expansão do número de equipas, este Campeonato da Europa permitiu a estreia absoluta de duas nações. Uma delas foi a Macedónia do Norte, que acabou eliminada sem fazer qualquer ponto, mas nem por isso deixou cair o sorriso. Para a história fica o primeiro golo macedónio marcado numa fase final: foi Goran Pandev, lenda maior deste país, que marcou no 3-1 com a Áustria.
A outra seleção estreante foi a Finlândia, que entrou com o pé direito e conseguiu, logo numa primeira tentativa e no segundo dia da competição, vencer. O marcador mostrou um 0-1 em Copenhaga, frente a uma anfitriã Dinamarca, mas o golo de Pohjanpalo e o penálti defendido por Hrádecky chegaram já depois do momento mais marcante do dia e possivelmente de todo o Euro: o tombo de Christian Eriksen.
O jogo retomou, mas só algumas horas depois, quando chegou a confirmação de que Eriksen estava a respirar. Este tombo, de um jogador que cerca de um ano depois ainda voltou aos relvados com disfibrilhador implantado, deu à Dinamarca a força necessária para uma campanha histórica...
Não se sagraram campeões como nas épicas férias de 1992, mas reagiram bem a um arranque com duas derrotas e conseguiram passar o Grupo B, antes de eliminarem o País de Gales com um 4-0 nos oitavos e uma impressionante Chéquia nos quartos de final (2-1). Foi nas meias-finais, quando já era a equipa favorita de todos os espetadores neutros, que foi eliminada, em Londres, pela seleção inglesa (2-1 a.p.).
Portugal chegou ao Euro 2020, em 2021, cinco anos depois de ter conquistado a edição anterior e dois anos após ter levantado também o segundo troféu da sua história: a edição inaugural da Liga das Nações. Como tal, as expectativas eram altas. Infelizmente, não estiveram nem perto de ser cumpridas.
O sorteio da fase de grupos foi o primeiro abalo à confiança lusa. Quis a sorte que o Grupo F fosse considerado de forma unânime o grupo da morte, incluindo, além da diminuta Hungria, os poderosos ex-vencedores Alemanha e França.
De um ponto de vista nacional, a parte interessante da história ficou mesmo nos grupos, já que foi logo nos oitavos de final que a seleção perdeu por 1-0 frente a uma Bélgica pouco impressionante.
Uma prestação infeliz sob o leme Fernando Santos, que teve apenas algo de positivo: os cinco golos em quatro jogos deixaram o prémio de melhor marcador nas mãos de Ronaldo. O capitão de Portugal também chegou, nesta edição, ao estatuto de melhor marcador da história dos europeus!
Sempre que chega uma competição de seleções, começa o incessante ruído dos adeptos ingleses, que dominam as ruas e as redes sociais com a expressão «Football is coming home» (o futebol vai regressar a casa). Essa frase oriunda de um cântico do Euro 1996 , embora proferida com ironia, é encarada pelos restantes países como excesso de confiança numa vitória caseira. A equipa dos três leões, com a figura de Kane a liderar a juventude de Bellingham, Saka e Foden, tornou-se no alvo a abater.
A Itália, por sua vez, não figurava entre os favoritos. Não se tinha qualificado para o Mundial de 2018 (nem se qualificaria para o de 2022, por sinal...), mas chegou ao Campeonato da Europa com uma série invicta que já durava desde 2018 (última derrota frente a Portugal, curiosamente)... Verdade é que conseguiram manter essa sequência viva até ao fim da prova, alcançando um nove recorde no futebol de seleções!
Tudo começou com uma limpeza do grupo A, com três vitórias e nem um golo sofrido. Na fase a eliminar houve maior sofrimento, mas a equipa treinada por Mancini fez sempre o suficiente para passar: eliminou a Áustria (2-1 a.p.), a Bélgica (1-2) e nas meias-finais bateu a Espanha nas grandes penalidades, após um empate 1-1 em 120 minutos. Seguia-se a grande final.
Prolongamento de muita ansiedade, que ainda se multiplicou na hora das grandes penalidades decidirem o novo campeão europeu. Nesse momento do jogo, Gianluigi Donnarumma agigantou-se e defendeu três grandes penalidades, oferecendo o troféu de campeão à sua nação! Também por isso foi eleito melhor em campo e, de seguida, o melhor jogador da competição.
Melhor jogador: Gigi Donnarumma
Melhor jogador jovem: Pedri González
Melhor marcador: Cristiano Ronaldo (cinco golos)
Melhor onze: Donnarumma, Bonucci, Spinazzola, Jorginho e Chiesa (Itália); Walker, Maguire e Sterling (Inglaterra), Hojbjerg (Dinamarca), Pedri (Espanha) e Lukaku (Bélgica)
Melhor golo: Patrick Schick vs Escócia (vídeo abaixo)